domingo, 8 de junho de 2008

Depois da era espacial os "Pápaluas" regressam ao mar


“Construção Naval” no Zambujal – Cantanhede


As gentes do Zambujal “os pápaluas” foram precursores da "exploração espacial", segundo a “lenda”
Ilustração da lenda dos pápaluas
Hoje o Mestre Rui Paulo e a sua equipa entregaram, ( 4 de Junho de 2008) um barco da “arte de Xávega” (barco de pesca de arrasto com extremidades alongadas e curvas), à CMC para substituir um outro que se encontrava exposto na Praia da Tocha e que se deteriorou com o tempo, assim com esta réplica (funcional) o Zambujal entra com o pé direito na “industria da construção naval”.
O mestre Rui Paulo, timoneiro da construção



Depois do espaço, alcançar a lua com cestos de vime, estamos a voltar às origens das grandes explorações pelos quatro cantos do mundo, pelo mar.



Este passo tem tanto mais significado quando nos dias de hoje se verifica uma grande necessidade de exploração dos recursos da nossa terra e mar, o espaço foi abandonado pelos “pápaluas” porque não lhes resolveu o problema daquele “histórico” dia, o problema era de sobrevivência, era Fome, por isso talvez a “arte xávega” pesca artesanal seja uma solução sustentável para evitar esta calamidade do passado, que era a fome. Por isso a industria da construção naval, de pequenas embarcações para a pesca artesanal aliada à lavoura que produz o acompanhamento do pescado, resulte numa grande melhoria da qualidade de vida das nossas populações exercício físico produtivo (contra a obesidade) e uma alimentação variada e equilibrada com “sabores de terra e de mar”.

Os irmãos Murta, Vítor e Rui Paulo estão de parabéns assim como toda a equipa de profissionais que lideram, na sua fábrica de produtos de carpintaria "Móveis e Carpintaria Murta, Lda" sediada no Zambujal.

O Rui Paulo é um autêntico Mestre e “engenheiro” do saber fazer “artesão” altamente qualificado, pela apreciação e elogios aos seus bons trabalhos produzidos.


Fotos de Miguel Murta
No “estaleiro” em construção




A equipa orgulhosa da sua obra


Aqui (junto da relva numa rotunda da Praia da Tocha) deve acabar os seus dias sem nunca ter ido ao mar.
Na Praia da Tocha ainda se pratica a "arte xávega" pesca artesanal de arrasto.



O provérbio: - "Não se aceitam críticas de quem sabe mais, mas sim de quem tenha feito melhor."

9 comentários:

Júlia Galego disse...

Carlos,
Belas fotos da construção dessas "cascas de noz" duma elegância extrema.
Abraço

claudia disse...

E têm muitos motivos para estar orgulhosos! Eu passei aqui por acaso e dou-vos os parabéns!

Anónimo disse...

Dizem que navegar é mais imprevisível do que enfrentar o cosmos. Mas cruzando o espaço, assistimos à ligação do Zambujal ao mar, e à satisfação de quem desejou fazer a nave como deve ser. Parabéns pelo post!

Anónimo disse...

Carlos Rebola, já agora, permita-me o pedido à Câmara Municipal para restaurar o palheirinho do "largo do Finfas", tão desprezado. As pessoas acercam-se dele para fotografar, as crianças brincam dentro dele, mas, além de ruína, é uma armadilha de pregos saídos. Isto vem a propósito... melhor do que referir tal no meu blogue!

Anónimo disse...

No seguimento, bom feriado e igual Dia da Pátria e das Comunidades, sr. Carlos Rebola !

xistosa, josé torres disse...

Depois desta colorida e fotogénica construção, só faltou mostrar o motor ... da dita.
Sim, que os braços dos novos não têm força para dar ao remo e os velhos que trabalhem, porque estão habituados, os que ainda têm uma réstia de força ...
Sentado aqui, não custa criticar, mas a pequena agricultura ou lavou e essa arte de pesca de arrasto, estão condenadas ao museu, para daqui a uns anos, os nossos netos saibam que antigamente havia quem se aventurasse nas ondas e que havia peixe para além dos viveiros de aquicultura.
Uma boa semana e óptima "pescaria"!

fotógrafa disse...

120 anos do nascimento de Fernando Pessoa

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa
Bom fds

abelhinha disse...

Um bzummmzummm da abelhinha,que espera que este fds seja cheio de sol,flores e muito mel para adoçar as nossas vidas..
bjo

quink644 disse...

Deixem-me bisar o comentário da Cáudia: "têm muitos motivos para estar orgulhosos! Eu passei aqui por acaso e dou-vos os parabéns!"
Ainda bem que ainda vai restando alguma coisa de tradicional...
Um abraço a essa gente,
quink644