terça-feira, 25 de novembro de 2008

A sensibilidade infantil deveria envergonhar os autarcas

A Mafalda de 6 anos e que tem a "Dona Terra" nome que deu a um bonsai de azambujo, um dia foi com o pai e um amigo, fazer um passeio geológico/paleontológico ao Monte Grande Gião.Facilmente encontrou amonites e outros pequenos fósseis do Jurássico num pequeno espaço ainda por destruir.


Em casa com um carvão da fogueira, desenhou num papel, aqui reproduzido, o que sensibilizou e marcou naquele passeio, a morfologia do terreno, as plantas, os animais, o grupo, o sol e os fósseis, amonite, em destaque. Viu aquilo que os nossos autarcas teimam em deixar destruir mesmo em terrenos baldios que lhes foram confiados para administrarem (confiou o povo) em 1964.


A Mafalda ainda teve sorte de encontrar fósseis a que chamava caracóis, mas estes terrenos estão a ser destruídos e ocupados com a anuência despudorada das autarquias.


Em terrenos confiados à Câmara e que são da população, já foram plantadas vinhas (de noite no baldio “artigo matricial 18181 titular CMC”), com o conhecimento da Câmara.Uma imoralidade quando noutras situações andam a notificar para arranque de árvores que os proprietários dos próprios terrenos, dos quais pagam IMI, em zona agrícola.Esta vergonha do São Gião acontece em plena Reserva Ecológica Nacional, criada para defender da destruição um património de grande valor ambiental, cientifico e cultural, as bandeiras verdes desfraldadas não defendem o ambiente, pelos vistos as crianças de 6 anos são mais sensíveis à destruição do ambiente, que irá condicionar o seu futuro que aqueles que dizem que o protegem e até recebem prémios pelo que dizem não pelo que fazem, o que merece censura.

O Provébio: - "A verdade sai da boca das crianças "

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5 comentários:

Ana disse...

Na generalidade os adultos aprendiam muito mais se estivessem mais atentos às crianças.porque elas não mentir,adular ou fazer pactos de silêncio.E são os adultos com uma politica de terra queimada que deviam de ter vergonha da herança que vão deixar as gerações seguintes.E eu não acredito que caiba só aos politicos preservar o patrimonio.É uma obrigação de todos.Por isso parabens pelo post

José Vieira disse...

Estamos ou deveriamos estar sempre a aprender! Mas só aprende quem quer... e esses que estão à frente dos destinos (das crianças), não querem saber, porque há valores, (desculpem há a ausências de valores) que regem bolsos largos largos... e era tudo tão fácil.

Mariazita disse...

Cometem-se verdadeiros crimes contra a Natureza e o pouco que ainda resta dela!
É uma vergonha, uma vergonha, sim, que crianças de 6 anos deêm lições a tantos adultos, que parecem apostados em preparar-lhes um futuro pouco risonho.
É preciso gritar bem alto, a ver se chega aos ouvidos de quem detém o poder.

Beijinhos
Mariazita

Táxi Pluvioso disse...

Portugal poderia ser o hipermercado da Europa, se entregassem isto ao Belmiro, para ele terraplanar esta coisa, e construir uma grande superfície comercial. Até para as crianças eram bom. Não apanhavam chuva. bfds

A. João Soares disse...

Caro Carlos Rebola,
Creio que a melhor lição que se aprende das crianças não é ouvir o que afirmam, mas responder ao que nos perguntam. Mas responder, sem fugir às perguntas que nos deixam atrapalhados. Os autarcas e governantes deviam fazer perguntas a si próprios e aos seus assessores, antes de tomarem decisões, para terem de pensar antes de errarem. Mas isso não é possível porque se consideram iluminados por Deus e deterem toda a ciência, toda a verdade, são o máximo da sabedoria. Por isso é frequente terem de recuar e mais teriam se o povo apertasse mais com eles.
Triste País, que com as crianças aprende.
Abraço
João