domingo, 17 de agosto de 2008

Nuvens colecção inédita


Hoje pensei que as nuvens também se podem coleccionar como qualquer obra de arte inédita e as nuvens têm a vantagem de serem baratas, ao contrário das obras de arte licitadas por milhões. Aqui estão algumas obras dearte da minha colecção inédita. Uma colecção de pobre, mas no meu entender e sentir a estética, esta também é bonita.



Quis ser útil ao meu município, dirigi-me ao seu presidente procurando e sugerindo soluções para que fossem resolvidos em benefício da população a questão de ocupação ilegal de mais de sete hectares de terrenos comunais por particulares. O município e o seu presidente escolheram nada fazer rejeitando, menosprezando e ignorando, quem quer colaborar com a Câmara Municipal na solução de problemas locais incluindo ambientais e são muitos,os problemas e também quem está disposto a colaborar no entanto ao que parece puseram-se do lado oposto, pelo menos é o que parece, uma vez que não há qualquer indicador ou acção que demonstre o contrário. Assim ofereço ao Sr. Presidente uma colecção única (não há outra igual) das nuvens que pairam sobre o Zambujal. Continuarei a coleccionar nuvens até que o sol brilhe por aqui, ele pode nascer na Câmara Municipal de Cantanhede, assim queira Sr. Presidente... Se quiser pode afastar estas “nuvens negras” daqui…
Aos amigos que visitam o "Ferroada" disponham destas nuvens como entenderem.

Mas no Zambujal também há "Dixie" apesar das nuvens e a custos destas. Grupo "JABARDIXIE"

9 comentários:

Anónimo disse...

Essa situação é de participar ao Ministério Público.
Aqui transcrevo as doutas palavras de Paulo Morais.
É no secretismo dos gabinetes que germinam os maiores crimes de urbanismo e ordenamento do território. Mas não há nada de subterrâneo nas suas consequências: as provas do crime estão bem visíveis. Os edifícios estão aí, entram-nos pelos olhos dentro. Por que não actua, então, a justiça? Na origem das mais escandalosas fortunas, a grande corrupção urbanística parece definitivamente instalada e é a que tem maior expressão económica. Resume-se, no essencial, a dois tipos de crimes: por um lado, alterações "a pedido" aos instrumentos de planeamento, em função do interesse de quem controla os partidos e, por essa via, o aparelho de estado; e, por outro lado bem mais grotesco, as autorizações e licenciamentos de operações urbanísticas que não cumprem o planeamento, portanto ilegais.
Uma pronta intervenção da justiça seria o mínimo exigível, já que as ilegalidades são bem patentes nos inúmeros mamarrachos que desfeiam o país de norte a sul. Perante as inúmeras edificações ilegais, cuja detecção é trivial, até para o mais míope, o Ministério Público deveria tão-só apurar se existe documento oficial que aprove tanto betão. Se não, a ilegalidade é óbvia. Se, pelo contrário, houver alguma licença, identifique-se quem a emitiu, ao abrigo de que competências. Assim identificado o responsável, o presumível culpado deveria ser acusado, no mínimo, por crimes de prevaricação e abuso de poder, face aos danos colossais que infligiu ao interesse público.
Mas a justiça não deve, nem pode, ficar-se por aqui. Os tribunais administrativos devem ser mais eficazes, nos termos da legislação já em vigor, ordenando a demolição dos edifícios comprovadamente ilegais. Só assim a sociedade recupera o que lhe foi saqueado, a capacidade construtiva excessiva e ilegal, com todas as consequências sociais, económicas, ambientais e cívicas daí decorrentes. E, mesmo em construções em curso, estas devem suspender-se de imediato com o início dos processos judiciais conexos; o insólito corolário deste procedimento seria ter os próprios prevaricadores a exigir celeridade da justiça!!!
Só ordenando demolições e embargando construções presumivelmente ilegais se dissuadem os especuladores. Se temerem perder no futuro o que hoje roubam vergonhosamente, os patos-bravos da construção talvez se contenham na sua ganância. Como valorizam mais o lucro do que a própria liberdade, a justiça deveria prioritariamente atacá-los onde verdadeiramente lhes dói: nas suas fortunas.

Jornal de Notícias
Autor: Paulo Morais
Data: Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2008
Pág.: 10
Temática: Opinião

Arsenio Mota disse...

A questão dos baldios, tanto quanto sei (e que sei eu?), tem vindo de longe a arrastar-se no país sem encontrar solução condigna. Prepondera a força maior, a da política económica, sobre os interesses tradicionais e populares.
A situação complica-se agora, cada vez mais, com tantos atentados conforme bem lembra o autor do artigo citado por Lapa no comentário anterior. E o autor nem lembra aí os negregados PIN (Projectos de Interesse Nacional) que dão para cobrir todas as demandas!
Por isso o amigo Carlos Rebola olha, com a sua sensibilidade artística, para as nuvens que percorrem o céu -- ensombrando-o. Mas como são lindas e nos elevam o pensamento!
Muito obrigado.

Arsenio Mota disse...

A questão dos baldios, tanto quanto sei (e que sei eu?), tem vindo de longe a arrastar-se no país sem encontrar solução condigna. Prepondera a força maior, a da política económica, sobre os interesses tradicionais e populares.
A situação complica-se agora, cada vez mais, com tantos atentados conforme bem lembra o autor do artigo citado por Lapa no comentário anterior. E o autor nem lembra aí os negregados PIN (Projectos de Interesse Nacional) que dão para cobrir todas as demandas!
Por isso o amigo Carlos Rebola olha, com a sua sensibilidade artística, para as nuvens que percorrem o céu -- ensombrando-o. Mas como são lindas e nos elevam o pensamento!
Muito obrigado.

Júlia Galego disse...

Lindíssima a sua colecção de nuvens. As fotos estão espantosas.
Quanto ao resto, não posso comentar... embora os casos que relata parecem estranhamente semelhantes a outros que vou observando.

Táxi Pluvioso disse...

Portugal sempre foi um país suspenso no ar, quando tiver mais carregado, cai, não sei se será em forma de chuva.

Carlos Rebola disse...

Amigo José Aguiar

Obrigado pela sugestão, será o Ministério Público a próxima porta a que irei bater na esperança de encontrar vontade de que resolva este caso com justiça.

A peça de Paulo Morais é elucidativa do estado do país.
Um Grande abraço e receba o meu pedido de desculpas de no seu blog o nomear por Cristóvão foi sem qualquer intenção foi somente precipitação minha.
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Amigo Arsénio Mota

Agradeço o seu comentário pertinente e esclarecedor do que se passa sobres os baldios principalmente nos meios rurais, o património comunal está a ser delapidado sem qualquer respeito pelas gerações futuras.

De vez em quando a beleza da natureza obriga-nos a olhá-la prendendo o nosso espírito e alimentando-o lindamente.
Um abraço cordial
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Amiga Júlia

Fico contente por ter gostado da minha "colecção" de obras de arte.

Beijos
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Caro Táxi Pluvioso

Por vezes a beleza nos sufoca, nos arrebata e também nos encharca.

Abraço amigo
Carlos Rebola