sábado, 14 de março de 2009

Jardim gandarez

Porque hoje foi dia de feira na Tocha, feira dos 14 fomos até lá bem cedo, para comprar as "nvidades" aos produtores hortícolas, para assim, prepararmos o nosso "jardim gandarez", nome que adoptei porque o acho adequado, depois de o amigo Manel Ribeiro ter baptizado assim as nossas hortas, nas quais produzimos as alfaces, cebolas, feijão verde, talvez as mais caras do mundo, mas são verdadeiramente "biológicas" e um eficaz remédio anti-stress, durante todo o ciclo, da terra à nossa mesa.
O cheiro a terra fresca é um retorno às origens, onde nos sentimos bem.
A nossa ruralidade de vida simples e saudável, é feita de pequenas grandes coisas, com os pés e as mãos na terra, que nos alimenta e nos faz sonhar.
"No mistério do Sem-Fim,
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, urna violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de uma borboleta."
(Cecília Meireles)
O Provérbio: - "Terra e torrão, tudo faz pão"

19 comentários:

Arsénio Mota disse...

Caro amigo:

Talvez neste post esteja a apontar para um futuro que nos espera, pelo menos a alguns, felizes porque vivem ainda em contacto com a terra.
Zambujal é, felizmente, localidade rural, mas não esqueço que em grandes cidades, no estrangeiro, existem as chamadas «hortas urbanas» do máximo interesse. Em Portugal não conseguiram reinar, creio que até sofreram com alguma má vontade das autarquias...
Um abraço.

Café da Madrugada® Lipp & Van. disse...

Olá, desculpa a demora e responder. Eu e Lipp adoramos a sua visita!
E gostamos dos teus blogs tbm!
Vamos add todos os três nos nossos links.
Estaremos seguindo, rs.


Poucos lugares, você ainda sente o cheiro da terra, ainda natural, ainda fértil.

Beijos.
Van e Lipp.

xistosa, josé torres disse...

Por falar em hortas urbanas, há uns tempos fiz um post sobre a ruralidade na Alemanha.
Alugam terrenos para cultivo e deixam construir uma casita ou armazém para guardar os apetrechos agrículas e descansar.
Não deixam colocar camas.
Em Portugal, a Horta da Formiga, tem algo parecido, mas os terrenos são poucos e a procura muita.
Fiz o curso de compostagem e o que aprendi ...
Tenho um azwevinho que ganhava "bicho", tipo a cochonilha dos limoeiros e destruia-me as flores e depois as bagas vermelhas.
Com água e sabão dissolvido, resolvi o problema, pulverizei-o, até as rozeiras e o pulgão desapareceu ...

O que aprendi, extra programa de compostagem ... mesmo para agricultura biológica, como evitar o bicho da batateira.
A natureza, como eu digo:

"A natureza tem coisas,
que nos causam grande espanto,
como é que uma vaca preta,
nos pode dar leite branco".

Já lá estão as estacas, à espera do feijão que já espreita e bem, da terra e talvez tomate.
Eu tenho pouca habilidade e menos conhecimentos.
Dedico-me ás ervas aromáticas, mas nem sei quais as vivazes ou as que se têm de semear e plantar todos os anos.
Já tem os pessegueiros cheios de flor, ou estarei enganado nas árvores?
As flores brancas são da pereira?

Gostava de saber alguma coisa mais, mas pouco terreno tenho, para além de meia dúzia de vasos e dum jardim onde só vingam as ervas.

Caro amigo Carlos Rebola.

A esta hora ainda se vai "viajando" na internet, mas deixei de poder ler a minha imprensa diária, o ABC, o El Mundo, o El País e o Faro de Vigo.
Eu que era um viciado. para além do Jornal de Notícias que compro desde o tempo de 1$20, (sim, um escudo e vinte centavos).
Ando desgostoso com a internet e já estive para acabar com tudo.
É que nos tempos mais próximos não vai melhorar, antes pelo contrário, pois o betão avança sobre tudo ...

Vou experimentar a portátil da Vodafone, mas como tenho paredes triplas, já me meteram medo e que dentro de casa vou ter dificuldades.
Felizes são os ciganos que não têm estas mordomias ...

Vou deixá-lo com a sua motocultivadora e as suas sementes.

Um abração e obrigado pela amizade.

Carla disse...

magnífico este encontro com a ruralidade
beijos

Júlia Galego disse...

Fico sempre com uma pena imensa de viver numa casa enorme mas que não tem quintal. Porque gostaria muito de ter também uma horta e um jardim a sério. O meu é só de vasos...
Votos de boas culturas!
Bj

xistosa, josé torres disse...

Passei só para verificar a velocidade de abertura dos blogs.

Pouco posso ter melhorado e estou ... no quintal, coisa que por vezes no Verão não é possível, devido á ventania.

Um bom resto de dia!

Táxi Pluvioso disse...

Bom... terra e torrão já não faz pão, faz... condomínios.

É um jardim do desenrascanço, em vez de begónias e rosas, dá alfaces e feijão, coisas pra panela. Boa!

mundo azul disse...

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Que maravilha! Aqui em casa também temos uma horta... Não tem prazer maior que colher, lavar e levar à mesa!

Parabéns para vocês!
Sabedoria e extrair felicidade das coisas simples e naturais...

Beijos de luz!

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Carminda Pinho disse...

Já por aqui tinha passado, Carlos.
Hoje voltei, para rever este jardim.
Embora tivesse crescido e vivido sempre na cidade, cheguei a uma fase em que não me importava nada de ir viver para o campo, ter uma hortinha, plantar umas flores, vê-las crescer...
:) Beijos

Carlos Rebola disse...

Amigo Arsénio Mota

É verdade, que o contacto com a terra, principalmente daqueles que foram criados nos meios rurais e passaram a meninice a manipulá-la nas suas alegres brincadeiras com a terra molhada sentem-se felizes sempre que têm oportunidade de a mexer, os efeitos são muito bons, felicidade, tranquilidade e liberdade.
Nos bairros do Ingote e da Rosa, bairros problemáticos de Coimbra a autarquia avançou com um projecto de "hortas urbanas" que tem tido muito sucesso e deveria ser exemplo a reproduzir. A Câmara Municipal tratou e limpou terrenos de mato que lhe pertencem e, disponibilizou parcelas de 150 metros quadrados, aos moradores nas quais fazem as suas hortas com apoio técnico da Escola Superior Agrária de Coimbra, com bons resultados económicos, sociais e de qualidade de vida na saúde e lazer. Este conceito de horta urbana tão divulgado e acarinhado por esse mundo europeu é um mais bom contributo para o desenvolvimento integral da sociedade.

Um abraço
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Café da Madrugada

Obrigado pelos links aos meus blogues e vossas visitas.

É muito bom poder usufruir dum bocadinho de terra, um direito de todos, onde podemos manifestar o nosso amor à "Mãe Natureza" tratando-a com a dignidade e respeito que merece, ela sempre retribui com abundância.

Beijo e abraço
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Amigo José Torres

O cultivo tradicional duma pequena horta penso que é a parte que podemos fazer para manter a sustentabilidade do Planeta Terra, a compostagem é um dos três erres, R de reutilização daquilo que pode ser considerado lixo doméstico, esta parte reutilizada como composto será reduzir e reciclar. Faço no meu quintal a compostagem dos restos da cozinha, lareira e churrasqueira (cinzas), das folhagens do jardim e dos ramos da poda produzindo um bom fertilizante orgânico que não é agressivo. Também cultivo ervas aromáticas nomeadamente o alecrim, tomilho, salva ou “salvia?”, “sarapão” parecido ao tomilho, segurelha, orégãos, hortelã, erva cidreira (melissa), a salsa, os coentros e os poejos além de várias ervas da família do manjerico, como aquela que penso chamar-se "basilíc".
A "motocultivadora", é um bom auxiliar que facilita muito o meneio do terreno em pequenos espaços.
Esta ocupação prazenteira vale por muitos medicamento, principalmente “ansiolíticos” e sedativos além dum bom substituto das máquinas dos confinados ginásios.

Que bom o choque tecnológico já ter chegado ao quintal com a "banda larga", talvez assim, com o ar puro mesmo transformado em vento, a velocidade aumente.

Um abraço
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Carla

Obrigado pela visita e pelo elogio ao meu cantinho das lides rurais, que me dão muito prazer e tranquilidade.

Beijos
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Júlia

Obrigado.

Pode ser, se for sugerido ou requerido, a autarquia com bom senso crie na sua cidade hortas urbanas para assim poder usufruir de uma, isso é possível e recomendável, pelo bem que faz às pessoas e à sociedade.

Beijos
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Amigo "Táxi Pluvioso"

Realmente o betão em excesso é um mal que não para de crescer.

Além do bem que nos faz trabalhar com prazer uma pequena horta, o que dá para a panela é muito saboroso e na mesma horta também podemos cultivar as flores que decoram e perfumam a nossa casa.

Obrigado e um abraço
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Mundo Azul

Além das coisas práticas, que nos dá uma horta, também funciona como o nosso cantinho de recolhimento, contemplação e de inspiração de coisas bonitas e belas.

Obrigado e beijos
Carlos Rebola

Carlos Rebola disse...

Carminda

Obrigado por ter voltado é sempre um prazer e como não podia deixar de ser muito bem vinda.

Hoje há muitas pessoas a trocar as grandes cidades e aglomerados habitacionais pelas aldeias rurais e seus campos, é uma possibilidade interessante, que pode ser conseguida se for um objectivo.

Beijos
Carlos Rebola

Mariazita disse...

Caro amigo Carlos
Como eu gostaria de ter também uma horta, ode cultivar alafaces, cenouras, pimentos...
Infelizmente, como moro num andar, tal não é possível. Vingo-me atafulhando a varanda (marquise) de plantas com ou sem flor.
Mas lembro-me bem, de quando era pequena e vivi uns anos numa quinta, aquele cheirinho de terra acabada de revolver.
Que saudades!
Feliz de quem ainda pode viver tão perto da mãe Natureza!

Beijinhos
Mariazita

Carlos Rebola disse...

Mariazita

Realmente para muitas pessoas é motivo de saudade o contacto e maneio da terra proporcionado por uma horta. Nos anos noventa, na Alemanha mais concretamente em Hamburgo, testemunhei como esta saudade da terra fresca era grande, pelo número de famílias que ao fim de semana se deslocavam ao campo, para segundo me disseram, puderem caminhar por ali cheirando os odores próprios da terra amanhada, tratada com os estrumes do gado das quintas, da terra acabada de lavrar e dos perfumes dos pomares hortas e plantas selvagens em flor.
Para quem vive em cidades, estes passeios podem ser uma solução para recordar e matar saudades.

Beijos
Carlos Rebola