Entre lixo comum, encontravam-se na referida saibreira, muitos metros cúbicos de placas de alcatrão, resultantes de obras nas vias públicas, (reparações a rede de abastecimento de água?), parece evidente que este tipo de resíduos perigosos não foram ali colocados por particulares, mas sim por quem intervém nas obras da via pública a CMC através da sua empresa INOVA.
Por isso é inacreditável, que a Câmara Municipal de Cantanhede, em vez de aplicar o seu próprio regulamento do ambiente, celebre um protocolo ou contrato programa com a entidade que parece ser a poluidora, atribuindo-lhe uma verba de 17.576,36 € para removerem aqueles resíduos, os 36 cêntimos daquela verba parecem querer dar a ideia que os estudo foi completo e pormenorizado, competente. Foi feito o mesmo para se saber da origem e produtores dos resíduos? Existe oposição a estes casos?
Repare-se na designação da INOVA-EM, foi alterada, é um pequeno e "inocente" passo em que sentido?
Depois do suposto cumprimento, do contrato/programa, que previa a remoção dos resíduos colocados na saibreira a INOV e CMC colocaram no local um cartaz a proibir a deposição de lixo, cuja coima aplicável pode ir até 4030 €.
Então não é que colocaram mais alcatrão no local que até se encontra vedado com malha sol? Estará à vista novo contrato/programa de remoção (auto financiamento ou lavagem de "lixo"?
Pedem colaboração no cartaz, será para seguirem o exemplo da INOVA?
Quanto à dita remoção parece que esta não foi muito deficiente, a avaliar pelas placas de alcatrão que se vêm espalhadas pelo locar podem indiciar que o restante está ali enterrado, como já aconteceu noutros lugares, como na Coutada com os resíduos de alcatrão, resultantes das obras da Câmara para o saneamento na Taboeira e não fica por aqui.
Também aqui "Balastreira" e em território da CMMV (40º 17´ 53´´ N; 8º 38´24´´W) os resíduos de alcatrão das obras do saneamento do Casal-Cadima serviram para esconder centenas de pneus.
Também no Zambujal, foram depositados em Reserva Ecológica Nacional, milhares de metros cúbicos de resíduos com alcatrão, produzidos nas obras de saneamento da CMC sem nunca serem removidos.
Questiono a Câmara Municipal de Cantanhede se estas más práticas ambientais, fortalecem a autoridade da Câmara na aplicação dos seus regulamentos ambientais e outras normas legais, pelos seus munícipes. Questiono ainda onde está a moral para se exigirem taxas de lixo mesmo que não seja produzido. Pessoalmente penso que o que se passa, com esta promíscuo, imoral e muito injusto, o ambiente é um bem propriedade de todos e ninguém deve ser beneficiado pela destruição do mesmo. Há aterros onde estes resíduos de alcatrão são tratados convenientemente, mas ao que tudo indica a INOVA da CMC ganha reduzindo nos gastos de transporte, ficam logo ali e ainda ganha com a sua remoção quando há denuncias como no caso da saibreira das Arrôtas. Parece-me vergonhoso num Município galardoado com prémios de boas Práticas ambientais.
As placas de alcatrão, que aparecem nos locais referidos e noutros, dificilmente se confundem com lixos domésticos ou aparas de jardim, de pessoas particulares.
Que raio de colaboração pedem com estes exemplos? Colocam as placas e são os primeiros a não respeitarem o que dizem. No Zambujal aconteceu o mesmo.
Não queremos de modo algum ser cumplices e pagador destas práticas a que somos alheios.
O Provérbio: - "A lei deve ser como a morte: não exceptuar ninguém"
5 comentários:
Os PULHAS, e assumo o que escrevo, não nasceram e medraram por aí ...
Invadiram todo o território nacional e ROUBAM-NOS A TODOS.
Depois surgem os caricatos orçamentos que até metem cêntimos de cêntimos.
São elaborados por minudentes e minuciosos estudiosos, com uma inteligência para além de qualquer ser humano.
Por isso é que existem o alienígenas ...
São os que pairam para além da compreensão humanesca dum ser normal.
Normalmente só os envolvidos é que se entendem nestas linguagem gestual escrita.
Mais uma ferradela.
Talvez apanhe a barriga da perna de algum corrupto ... quero dizer, dalgum menos sério ... daqueles que só embolsam e não se riem ...
A INOVA tem sido uma espécie de braço armado do PPD de Cantanhede.
A INOVA não cumpre a sua função estatutária, dedicando-se ao acessório, isto é, em vez de saneamento, ambiente e inovação, oferece eventos aos munícipes.
A fazer festas a INOVA tem feito um bom trabalho.
Meu caro Carlos
Começando por aqui:
"A lei deve ser como a morte: não exceptuar ninguém" - verifica-se um pequeno erro. Em vez de "deve" escreva-se "devia" - porque assim podemos dizer - devia ser mas não é! Esta é que é a grande verdade.
Também há um provérbio que diz: Com papas e bolos se enganam os tolos. Só que os bolos que eles atiram aos pretensos tolos, estão podres, os tolos (pelo menos alguns) já não os aceitam.
Só pensam em "encher as burras", como se dizia na minha terra, e o resto não importa.
Ai que um dia o Zé (povinho) ainda se chateia...
Um abraço
Mariazita
Uma vergonha! Aliás, uma autêntica falta de vergonha!
Há uns meses li no diário "As Beiras" declarações do senhor doutor presidente da câmara, ou de alguém que lhas pôs na boca, sobre o modo como protegia o ambiente: "fecho a torneira quando lavo os dentes" (como é isso possível?), "vou de bicicleta quando posso" (quando andou no colégio Infante de Sagres, não sabia andar de bicicleta. O pessoal lá da terrinha dele ia de bicicleta sim, mas ele não, tinha boleia do "pópó da mãmã ou do papá"). As declarações no jornal indiciam um conhecimento muito parco sobre como proteger a natureza e o ambiente. Qualquer miúdo no 3º ano do 1º ciclo conhece a lengalenga.
Agora, é preciso agir! É preciso saber rodear-se de gente competente! É preciso ir ao terreno! É preciso sujar os sapatos! É preciso ser ALGUÉM CAPAZ DE GOVERNAR CANTANHEDE.
Para uns pão para outros farelo.
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