sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Águas a caminho da privatização? Já estão na sala de espera?


Sem que houvesse qualquer discussão publica ou sessão de esclarecimento a INOVA alterou os estatutos, até aqui tudo quase bem, só que esta alteração deliberada em Assembleia Municipal, vai muito mais além da alteração da designação da empresa, pois passou a designar-se, Entidade Empresarial Municipal, o que de acordo com a lei n.º 53-F/2006 prevê a possibilidade da Entidade Empresarial fazer "parcerias-publico-privadas", foi assim que se iniciaram as privatizações dos serviços de saúde nos hospitais públicos. Assim a água (petróleo dos Olhos da Fervença) está na sala de espera da privatização, atentem aos interessados, possivelmente empresas classificadas como de interesse público, a referida lei facilita e privilegia estas empresas privadas. Será que devemos aceitar que os nossos políticos no poder se mostrem incompetentes de gerir a "coisa pública"?

Holanda proibiu a privatização da água, que se siga o seu exemplo, os fundamentos da proibição são de reter.
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Dizia José Saramago "privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo..."
















Vale a pena ver e ouvir


Estaremos a fazer tudo para evitar que tenhamos um mundo sem água potável?




Será que o Homem moderno, o Homem da informação, do desenvolvimento cientifico e tecnológico sem precedentes, do Homem do "progresso" sem "limites", da visão económica e financeira do mundo que está a substituir todos os valores humanos por um único valor absoluto, o supremo valor do dinheiro. Será que o Homem de hoje é digno da herança que lhe foi deixada pelas gerações que têm vindo ao longo de dezenas de milhares de anos a preservar com sustentabilidade a casa comum da Humanidade, o Planeta Terra. O Homem de hoje deveria sentir vergonha pela sua estupidez, desmesurada ambição e mesquinhez ao destruir o que deveria deixar às gerações futuras como garantia de sobrevivência. Como foi possível em tão pouco tempo destruir tanto. Os "chicos-espertos" não descansam, enquanto os "tótós" estão preocupados com a "borbulha" junto do seu umbigo. Cativos do voto que "deitaram", lá vão suplicando, subservientemente "Òh senhor presidente, não se esqueça da minha pomadinha!... Olhe que eu deitei o voto no Senhor Presidente." E o presidente altaneiro, diz-lhe: "Tenho andado muito ocupado, mas isso está a ser tratado, fique descansado(a) que não me esqueci de si!..." e também é assim que se enxofra.

Atenção!!!

Post scriptum - Este post estava esquecido como rascunho há vários meses. Mas é actual.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

EXPOFACIC 2009 e o Zambujal

A EXPOFACIC é um grandioso evento do nosso concelho e do país, não seria verdade, dizer o contrário. Na verdade esta feira exposição teve um início, um primeiro passo, como acontece em tudo o que existe. No entanto, o grande salto de dinamismo e de afluência popular, no meu entender acontece com a chamada à participação activa na EXPOFACIC, das associações culturais e recreativas do concelho com os seus stands, onde divulgam as suas actividades e das tasquinhas organizadas e geridas pelas mesmas associações. Isto aconteceu em 1994 e coincidiu com a mudança do local do certame para o Parque Desportivo de São Mateus, até ali era realizado no espaço da Escola Secundária. Não duvido que a participação directa dos municípes, foi o gérmen da dinâmica actual.

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Desde 1994, o primeiro ano em que a CMC, presidida pelo Dr. Rui Crisóstomo, convidou as associações culturais e recreativas do concelho a participarem na feira exposição, que a Associação Cultural e Recreativa do Zambujal tem dado o seu contributo a este grande evento. O Zambujal com as suas associações, tem participado, activamente na EXPOFACIC e no "Cortejo Etnográfico" com actuações de carácter cultural e os seus habitantes, têm afluído aos eventos. Sem dúvida que sem estas e outras pessoas a EXPOFACIC era uma impossibilidade.
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De pessoas do Zambujal também estiveram presentes, na Expofacic 2009, com stands a “Carpintaria e Móveis Murta” de Rui Paulo e Vítor Murta, “Fogões Duque” de Eduardo e Sérgio Duque, “Quinta da Couceira” de Fernando Porto e Sandra Ramos e “Decisões & Soluções Financeiras” de Ricardo Lourenço.

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Desde 2004, que a Associação Cultural e Recreativa do Zambujal, organiza e administra o funcionamento da sua tasquinha. A equipas coordenadas pelo Presidente da Direcção, que mantêm a tasquinha a funcionar, também no "Tapas & Papas", são constituídas unicamente por elementos sócios da Associação em regime de voluntariado. A Tasquinha com o seu "Bacalhau e Galo à Pápa-Lua" fidelizou muitos clientes de anos anteriores. O fruto do trabalho e serviço na tasquinha tem sido aplicado integralmente nas obras do salão. A ACRZ agradece a todos, colaboradores e visitantes a ajuda prestada.
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Na área do artesanato, a Verónica Rebola e o Nuno Ricardo, mantiveram na EXPOFACIC, à semelhança do "Tapas & Papas", um stand onde expuseram os seus trabalhos de cerâmica, pintura e ecodesigner. Como ambos tocam gaita-de-foles e instrumentos de percussão, animaram a área circundante do stand com as suas músicas.
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Este ano, à semelhança dos anteriores, a EXPOFACIC contou também, com actuações dos grupos folclóricos do Zambujal, “Os Malmequeres”, “Grupo Etnográfico de Danças e Cantares”, “Grupo Etnográfico da Associação Cultural e Recreativa” e ainda com a actuação da “Escola de Música da Associação Cultural e Recreativa”. Também o Tiago Pereira, actuou integrado no seu Grupo "Jabardixie", a Verónica e Nuno actuaram integrados no grupo "Roncos & Curiscos".

Dá para perceber, que a aldeia do Zambujal, apesar de pequena e na periferia do Concelho de Cantanhede, tem gente dinâmica, empreendedora e que colabora com a Câmara Municipal nesta e outras áreas, para a melhoria do Concelho.
Também é por isto que não se compreende, que a atitude da Câmara Municipal, não tenha a mesma disponibilidade para com o Zambujal, em termos de defesa da população e do seu património. "Trocando por miúdos", a população reclama e clama pela intervenção, aliás devida, do executivo da CMC, na defesa dos terrenos comunais, mais de setenta mil metros quadrados, alguns deles confiados em 1964 à administração camarária pelos munícipes, que actualmente estão a ser ocupados e delapidados com conhecimento da edilidade sem que se aplique como é expectável a autoridade autárquica com todos os seus poderes, serviços e meios técnicos, que devem estar ao serviço de quem os paga, os munícipes, estes que são a razão necessária para a existência do poder local.
Não fora a boa educação e dava vontade de dizer ou gritar "PORRA, SENHOR PRESIDENTE, BASTA!!! Trate de defender o património territorial, ambiental, geológico e paleontológico do Zambujal, que são propriedade de todos" Até parece que, conscientemente, estão a tentar desmotivar os cidadãos munícipes de reclamar o que é justo, exigido pelo exercício da cidadania, através do desgaste provocado por uma (intencional?) espera embarcada em silêncio. A população do Zambujal merece mais que visitas tipo campanhas eleitorais angariadoras de opiniões e votos favoráveis. Somos contribuintes de IMI também, mas quem ocupa território que a todos pertence, não contribui com este imposto, para o município. Também é claro, que aquele que ocupa o que é do vizinho, só prejudica o vizinho, mas aquele que ocupa o que é de todos, prejudica a todos. Será que merecem este benefício, contra os princípios, da equidade, igualdade e urbanidade? Basta vontade, pois a solução é fácil e pacifica, assim se implemente.

O Provérbio: - "Ter esperança, ensina a ter paciência"
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