terça-feira, 28 de outubro de 2008

"Matança do porco" era festa familiar que antigamente reforçava os laços de coesão da família.A carne do porco era sustento das famílias para um ano.I

Nas aldeias rurais, a criação dum porco para matar, era vital para o sustento da família.
A matança do porco aqui no Zambujal era tão importante que se pode dizer que constituía uma festa, na qual participava toda a família com seus núcleos independentes da casa (família) mãe e por vezes vizinhos também eram convidados.




Era rara a família que tivesse nos currais um ou dois porcos, só os extremamente pobres o não faziam por total ausência de posses. Quase sempre um era criado para dar carne que seria consumida durante um ano, uma porca “criadeira” criava ninhadas de leitões que eram vendidos na feira do gado para se arranjar alguns tostões. Em ocasiões muito especiais, por exemplo nos casamentos lá se assava um leitão. Mas o porco criado com o Rolão do trigo ou milho (o que sobrava da farinha ao ser peneirada) e com os restos da cozinha, “lavagem”, não era raro cozer batatas e peles, nabos e outras hortaliças em grandes panelas de ferro (20 litros), no fim do Verão e no Outono o porco era engordado com figos. O porco era morto em Novembro Dezembro, no tempo frio para que as carnes não se estragassem. A matança do porco durava um dia, todo.


Logo de manhã, por volta das sete horas, na grande cozinha “a parte viva da casa” como diz Carlos de Oliveira, a mesa já estava posta com a cafeteira de esmalte cheia de café feito na grande fogueira do borralho, quase tudo girava à volta do lume. O “café” uma mistura de café (pouco), chicória e cevada torradas espalhava pela casa um forte e bom aroma que ainda hoje recordo com saudade, era bebido em tigelas ou canecas de barro vidrado e acompanhado com pão caseiro e por vezes “filhoses” os homens “matavam o bicho” com aguardente feita no alambique e ou jeropiga. As mulheres já estavam a descascar cebolas que picavam e salsa para um alguidar vidrado, com vinho, sal, pimenta, colorau e cominhos e cravinho, que iria servir para aparar parte do sangue do porco onde seriam misturadas gorduras e algumas carnes para se fazerem as morcelas.
A seguir ao café os homens vão para o pátio “curral” onde já se encontra um carro de bois, “aparelhado” com os caniços e dois fueiros “fogueiros”, um atrás e outro á frente do lado do cabeçalho e chegou a hora de agarrar o porco, a dificuldade desta operação é directamente proporcional ao tamanho do porco e da sua braveza, o animal é colocado em cima do carro de bois e o focinho é amarrado com um barbante ao cabeçalho enquanto as patas são amarradas aos fueiros “fogueiros” o porco é sangrado para o alguidar seguro por uma mulher para as morcelas, enquanto mistura com uma colher de pau o sangue no vinho para que não coalhe, enquanto outra mulher apara uma parte do sangue para uma taça de barro “palhão” este sangue da taça depois de coalhado, vai a cozer ao lume com água e sal, está sangrado e morto o porco, aqui a perícia do “matador” era essencial e também a forma como o porco morria era motivo de comentários e julgamentos que determinavam os piores e melhores "matadores" de porcos.



O porco é colocado numa grade (de gradar, alisar as terras) e é feita uma fogueira com cavacas, e um homem com uma forquilha com caruma (agulhas de pinheiro) acende-as na fogueira e começa a passar a chama nos pelos do porco que se queimam, enquanto outros o esfregam com carqueja, retirando-lhe os pelos queimados e uma fina pele. Esta é a operação de chamuscar o porco enquanto a garrafa da aguardente ou da jeropiga vai enchendo os copos, a criançada está ansiosa que se retirem as “castanholas” unhas das patas, estas são bem queimadas e retiradas, eram jogadas ao largo e as crianças corriam a apanhá-las e brincavam com os homens colocando-as nos seus bolsos sem que estes se apercebessem, por vezes a título de brincadeira os adultos faziam das “castanholas” copos por onde bebiam aguardente. Nesta altura o sangue cozido era distribuído aos cubos temperado com folhas de loureiro, colorau, pimenta, azeite e vinagre e era comido com pão caseiro e passava-se da aguardente ou jeropiga ao vinho tinto.

A etapa seguinte é tostar a pele do porco, com as agulhas de pinheiro na forquilha em braseiro se chama, de modo a que ela fique dura e alourada mas sem torrar. O porco está pronto para a operação seguinte, lavagem com água morna e a pele é vigorosamente esfregada com uma telha de cano “telha do Meco” que de costas faz penetrar o sal grosso que se espalhou na pele, courato do porco. Enquanto isto as mulheres continuam na “parte mais viva da casa” com várias tarefas entre elas cozer bacalhau que vai ser servido com batata cozida, sopas de pão (carcaça) embebidas na água que cozeu o bacalhau e tudo temperado com um molho de escabeche, este parto aqui no Zambujal é designado bacalhau das matanças. E é comido cerca das dez horas enquanto o porco enxuga e arrefece um pouco.

Quando todos entravam na cozinha para o bacalhau os mais pequenos ficavam junto do porco, e brincavam, escarranchando-se nel como se fosse um cavalo e pr vezes roíam-lhe as pontas das orelhas que estavam tostadinhas e até eram gostosas lembro-me de quando voltava o meu avô Hermínio que sabia perfeitamente o que tinha acontecido, também já fora criança traquina, dizia “o raio dos cachorros” já roeram as orelhas ao porco, e nós crianças riamos com cumplicidade marota.



Depois do bacalhau á moda da matanças estar comido, é altura de abrir o porco, a primeira coisa a fazer é goela (esófago) que é atada com “fio de morcela” fio de cera, esta é exposta através dum golpe longitudinal com navalha bem afiada, ao mesmo tempo outro homem faz o cu (ânus) do porco cortando o courato à volta deste e atando com o referido fio para reter as fezes. Depois é retirada a “peituga” uma tira de toucinho entremeado que vai da “façoila” (courato do maxilar inferior do porco) até ao cu, a peituga contém as tetas e glândulas mamárias.


O porco está aberto e retiram-se as vísceras, “aparelho” (constituído por pulmões, coração e fígado), estômago, tripas e bexiga. As tripas são separadas e retira-se-lhe o véu ou lencinho (grande membrana rendilhada de gordura que envolve as tripas) o “reçom” parte é para as morcelas e o restante com uma das banhas é para fazer “pingue” os torresmos resultado da fritura e são conduto que também recheiam a “torta” broa de torresmos. Normalmente a bexiga do porco era cheia de ar e era a bola com que as crianças jogavam até á exaustão ou rompimento daquela.

(Foto gentilmente cedida por Rui Paulo Murta)

Os homens limpavam a carcaça do porco, que fora pendurado com “apiaças” de couro, da canga dos bois, numa trave da casa da salgadeira, retirando-lhe aparas de gordura e membranas para o alguidar das morcelas e talhavam as peças de toucinho, que era medido na sua altura, e quanto mais alto melhor para o governo da casa e era também a prova da boa ou má engorda do cevado, estas peças de toucinho eram abertas ainda na carcaça e com pedaços de cana ou vime eram mantidas afastadas para arrefecerem e secarem até ao dia seguinte quando era desmanchado o porco nas suas variadas partes, gorduras, febras, ossos, etc.


As mulheres colocavam as tripas num tabuleiro de madeira comprido (o tabuleiro das tripas) e iam lavá-las à vala a jusante da Fonte Seca, a miudagem ia com elas para brincar e apanhar agriões para se fazer uma salada, que era comida com o sarrabulho (fígado, pulmão, sangue e febras) estufadas com especiarias, cebola, alho louro azeite e vinho e acompanhadas com batata cozida com a pele. Era meio da tarde quando se comia o sarrabulho, antes já se haviam comido as febras assadas na brasa, com pão e vinho, as queixadas (maxilares inferiores do porco) eram também assadas nas brasas mas eram comidas pelos mais idosos (os velhinhos) da família por ser a carne mais gostosa.

Agora que o porco estava pronto e a enxugar para ser desmanchado no dia seguinte, os homens sentavam-se na mesa grande da cozinha, jogavam às cartas, fumavam cigarros sem filtro “provisórios e definitivos”, comiam amendoins e bebiam vinho, enquanto as crianças em gritaria corriam por todo o lado a brincar, esperava-se a hora da “ceia”. A ceia era invariavelmente canja de galhinha, galho guisado e um cozido com carnes e enchidos do ano anterior, peituga fresca, couve tronchuda e batatas. Com toda a família á mesa grande, as crianças comiam numa mesa baixinha, conversava-se e combinava-se o dia das matanças do poço, que iriam acontecer ainda para que todos se pudessem reunir novamente. A ceia terminava com castanhas assadas, uvas que estavam penduradas em pregos nas traves do sobrado, nozes e peros “bravo esmolfe” de formidável aroma. À noite na rua em frente à casa nós as crianças faziamos uma fogueira que logo atraía os companheiros da mesma rua, naquele tempo havia muitas cianças para brincar, ao "ninho", ao "rô-rô", à "bugallha" e também à "bulha" com que se fortaleciam grandes amizades, muito maiores que nós que eramos pequenas crianças, ninguém reclamava da algazarra, qual chilrear de pardais em bando...
Estas são as recordações que tenho dos dias em que a família matava o porco e eram ansiosamente esperados. Era a reunião da família, hoje quase não existe assim as arcas frigorificas, as normas da CEE, a alteração do conceito e práticas familiares vieram acabar com estas festas de que guardo maravilhosa recordações que me marcaram.

O Provérbio: - "Em Janeiro um porco ao sol e outro ao fumeiro"

domingo, 26 de outubro de 2008

"Os meus comentários na blogosfera na última semana"

Opinião fundamentada!!!
Amigo A. João Soares

Este "post" a meu ver também ajuda a compreender como as palavras das pessoas importantes provocam alterações dos comportamentos.

Se um cidadão vulgar escrever numa carta ao director dum jornal que "há uma deficiência grave num determinado troço de estrada, que é preciso corrigir" é quase certo que ninguém lhe ligará. Mas se for por exemplo o PR a dizer precisamente o mesmo porque apanhou um susto no mesmo troço de estrada, é quase certo que a breve trecho a deficiência será corrigida.
Também penso que por vezes as informações, não analisadas convenientemente, dadas por fontes credíveis podem ter efeitos catastróficos. Acredita-se nos "índios" sem mais nem menos e depois...

Um abraço
Carlos Rebola


"AMOR E LOUCURA"
Mariazita

Este texto, sobre o amor e a loucura, baseado na mitologia grega, é uma pérola e termina com uma chamada de reflexão, porque o amor é cego e é guiado pela loucura vê com os olhos desta, ao contrário da paixão o amor é mais racional e prudente e por isso mais duradouro.

Beijos
Carlos Rebola

"CHICHÉN-ITZÁ"
A arquitectura Maia com seus majestosos edifícios que perduraram até hoje, como em "CHICHÉN-ITZÁ" e que estas belas fotos documentam, merecem ser património da humanidade.
Alguns estudiosos admitem que esta civilização imponente em muitas áreas científicas, decaiu devido a guerras e revoltas sobretudo dos agricultores e do povo que não aguentou a pressão dos senhores...
Lições do passado, para nos fazerem reflectir, hoje. Olhando, para estas fotos maravilhosas não é difícil imaginar a grandiosidade destas cidades no auge da sua actividade, deveriam ser verdadeiramente idílicas e de sonho.
Obrigado pela partilha das suas recordações.

Beijos
Carlos Rebola


Sem título
Obrigado São
Por partilhar este ensinamento, advertência, do Padre Mário Oliveira, verdadeiro praticante dos ensinamentos do Nazareno, que não tem nada a ver com a opulência dos templos e empreiteiros, que continuam a dizer-se cristãos mas que não praticam o cristianismo.
Talvez um dia a terra seja um paraíso mas sem os homens e mulheres que continuam a tratá-la a Terra de modo a que se torne inadequada à vida humana, mas a Terra não irá sucumbir ao contrário da humanidade se não parar com as suas loucuras.
Então a Terra tornar-se-á novamente num paraíso que a humanidade poderá não desfrutar por se ter suicidado.

Beijos
Carlos Rebola


"Ontem, hoje"
Uma recordação bonita, que dá para ver o "estendal" de toldes no areal e as verdadeiras vestes (trajes) dos que frequentavam, nos anos 40/50, a Praia da Nazaré. Fotografia muito interessante.

Hoje tudo é diferente, a vida é isto mesmo, mudança permanente.
Gostei. Felicidades.

Beijos
Carlos Rebola


"O SOL"
A Terra está à distância certa do Sol, para que nela se tivessem desenvolvido as formas de vida que conhecemos e somos.
A Terra desenvolveu uma protecção das radiações perigosas do Sol que mantém a vida que a habita.
Esta crónica ajudou-me a compreender melhor a necessidade vital de proteger a camada de ozone que estamos a pôr em risco e consequentemente a nossa qualidade de vida ou mesmo sobrevivência. Visto assim o Sol fonte de vida, também pode ser o seu contrário, por desleixo nosso.
Obrigado amigo Vieira Calado

Abraço
Carlos Rebola

"CURIOSIDADES ASTRONÓMICAS"
Perante esta escala astronómica, só poderemos ser humildes, tal é a nossa pequenez no universo.

Um abraço
Carlos Rebola


Tudo é ilusão

Olhar assim este poema lindo, faz-nos fantasiar nas asas daquelas gaivotas voando sobre o mar.
Obrigado por estes multiolhares.

Beijos
Carlos Rebola


"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
São

Isto só irá parar quando já não for possível de aguentar, se não fizermos com que pare antes.



"17 DE OUTUBRO: DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA POBREZA E DA EXCLUSÃO SOCIAL"
O paradoxo é, o que se desperdiça no mundo rico e dito "civilizado" dava para acabar com a pobreza no mundo o mesmo aconteceria se as nações esquecessem a guerra por um dia e o que nesse dia não se gastava com a guerra fosse distribuído pelos pobres, também acabaria com a pobreza no mundo.

Não sou contra estas iniciativas, pelo contrário, mas elas deveriam ser acompanhadas por outras mais práticas e corajosas, pelos dirigentes nacionais, se conseguem apoios dos povos para as guerras, também o conseguiriam decerto para acabar com a pobreza no mundo.
Estas fotos mexem connosco e fazem-nos reflectir sobre a nossa auto designação de “seres humanos” que até criou a “carta dos direitos humanos”.
Obrigado

Um abraço
Carlos Rebola


Sem título
Penso que ambos partilham, porque não vejo amor sem amizade nem amizade sem amor. Exceptuo sentimentos doentios, claro!
Abraço
Carlos Rebola


"SONHAR COM PRAZERES CARNAIS"
Parece que a chamada abstinência sexual ou castidade é que causa muitos problemas ao contrário duma sexualidade ao ritmo de cada um a dois.
Estou de acordo que a compulsão e a obsessão pela comida ou pelo sexo careça de alguma terapia, tanto no género feminino como no masculino, mas o comer e o fazer sexo são necessários para se ter uma vida saudável e de qualidade. O corpo e o espírito agradecem.

Um abraço
Carlos Rebola


Maldita crise financeira * Uma «explicação...
Com tantos macacos por aí, não admira, que ande muita gente a escorregar nas cascas das bananas que eles comeram. É preciso ter cuidado com as cascas das bananas e com os macacos espalhadas por aí. Já que os donos da macacada não aparecem, para prestarem contas dos estragos.

Abraço
Carlos Rebola


"O lápis e a borracha"
É verdade Carlos Gil

Está na natureza de muitos seres e infelizmente entre eles pessoas, destruírem o que outros fazem, numa tentativa de os diminuírem para assim parecerem maiores, mesmo quando vivem em comunhão. Se chamados a justificarem-se, fazem-no dizendo que é da sua própria natureza, que não podem mudar. Mas querem e tudo fazem para mudar a natureza dos outros.
O conto é para fazer reflectir, conseguiu, no entanto poderia ser mais elaborado.

Abraço
Carlos Rebola

"O grito do meu olhar"
Os olhos "espelho da alma" reflectem a luz do que vêem , deste cruzar de raios luminosos, partilhados, que mais não são que os caminhos do amor, desses gritos de luz pura. Assim o vazio, contem-nos, deixando de o ser.

Beijos
Carlos Rebola


Antigos combatentes discriminados

Os actuais políticos, como se costuma dizer, estão a cuspir no prato onde lhes serviram a sopa, se não fossem os militares, estes políticos que estão no poder, provavelmente nem (engenheiros) seriam. Os militares nunca lhes pediram privilégios, infelizmente hoje vêem à rua exigir, respeito pela sua condição, dignificação que teimam em retirar-lhe, que se cumpram as leis que lhes garantiriam alguns direitos e que o governo lhes pague o que lhes é devido. É realmente uma vergonha e sem pinga da mesma continuam a cuspir no prato onde lhes foi servida a sopa.
Os militares que por imposição, sofreram no corpo e na alma pela sua condição de ajuramentados ao serviço da pátria até ao limite das suas forças e própria vida deviam ser tratados como cidadãos de plenos direitos, não como indigentes...

Abraço
Carlos Rebola


Rotunda D. Dinis - Leiria
Replantar a nossa floresta de pinhal doente, com árvores autóctones seria uma boa resposta à degradação dos solos, ambiente e biodiversidade. Substituindo em parte a importação de madeiras exóticas para a industria imobiliária. A industria da celulose que importe o eucalipto dos países onde ele é autóctone.

Uma rotunda monumental, usada com bom gosto em homenagem aos homens, à História e à região.
Abraço
Carlos Rebola



Recuso-me! Faço greve...
Apesar de virem em cadeira de rodas, as tais letrinhas também não me suscitam solidariedade, essa, a solidariedade, é para si, estou consigo.
A abordagem que fez à situação é engraçada.

Abraço
Carlos Rebola


Ex-combatentes Vs toxicodependentes
Amigo A. João Soares

É um escândalo, que é preciso denunciar na rua, como os militares no activo e na reserva ou reforma estão a ser tratado pelo poder político. É preciso os militares virem à rua manifestar a sua indignação, porque as tutelas, chefias parecem mais a "voz do dono" e não ouvem os "seus homens" que reclamam a justiça que têm direito. O seu chefe supremo tão lesto a despachar favoravelmente a manutenção de vergonhosos privilégios de instituições e pessoas de duvidosos (assim parece) serviços prestados à nação se esqueça daqueles que todos os dias e noites com total disponibilidade estão ou estiveram ao serviço da Pátria e da Nação com um espírito de sacrifício que não raras vezes ultrapassa os limites da própria vida. Os militares e ex militares merecem outro tratamento que no mínimo deveria ser igual a todos os outros cidadãos e não é, como se já não bastasse o que lhes impõe ou impôs a sua condição de militares.

Um abraço
Carlos Rebola

"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Caro Vieira Calado

Este é um sentimento, que vivemos num país de aldrabões, infelizmente generalizado, entre os cidadãos portugueses contribuintes pagadores e que cumprem os seus deveres.

Um abraço
Carlos Rebola


"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Amigo Arsénio Mota

O que observamos e nos fazem neste país é um constante chamamento à insubordinação civil, causa revolta que a continuar assim não há espaço para tanta permissão e paciência.

O direito à indignação se exercido, pois uma vez que, quem pode decidir, não o tem em consideração, pode levar á desobediência civil colectiva.
São demasiadas crises, (onde estão os responsáveis?) para nos justificarem o sempre "aperta o cinto" e o têm que pagar mais, sofrimento, porque...porque... porque... propaganda da alienação.

Um abraço
Carlos Rebola

"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Caro Gil

São uma espécie de "Senhores Feudais" que vivem á custa dos servos, como não lhes bastasse ainda gozam. Não nadam em águas límpidas pelo contrário nadam em águas muito turvas, onde a transparência está ausente.

Abraço
Carlos Rebola


"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Carla

Temos que reagir, exercendo a nossa cidadania, reclamando e exigindo os nossos direitos, sob pena de "amanhã" nos tornarem a vida, que já é difícil para os cumpridores e honestos, insuportável ou inviável e aí já é tarde.

Beijos
Carlos Rebola

"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Táxi Pluvioso

Já se vende água, em garrafas (2dl) três a quatro vezes mais cara que a gasolina e anda-se a dizer que a gasolina está cara e está, mas e a água com gás ou sem gás, sendo os circuitos de distribuição e o fabrico mais leves , porque a água em garrafa (com a poluição sujeitamo-nos a não ter outra para beber) porque é mais cara que a gasolina? Não haverá especulação?

Abraço
Carlos Rebola

"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Mundo Azul

É o mundo global, a falta de honestidade e exploração do povo, tornaram-se rapidamente em pandemia e o pior é que ninguém com poder de decisão está virado para a combater.

Beijos de reflexo
Carlos Rebola

"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Amigo As-Nunes

A confusão nas facturas de serviços públicos, parece que é propositada, pois se fossem claras "transparentes" os consumidores verificariam que estão a pagar algo que não consomem e sentiriam o dever de reclamar, assim sempre ficam na dúvida e confusos, fragilizados.
Um amigo meu tem num terreno um poço do qual tira água com um motor eléctrico (trifásico) alimentado pela rede de electricidade da EDP, como na factura de consumo referente àquela "baixada" lhe aparece uma taxa de audiovisual, reclamou junto da empresa e esta disse-lhe que era obrigado a pagar, então perguntou se lhe podiam colocar uma tomada no local, para ligar uma televisão ou telefonia quando fosse ao terreno, mas (paradoxo) disseram-lhe que a colocação de tomadas naquele tipo de baixadas não eram permitidas. Ele pergunta isto não é roubar?

Um abraço
Carlos Rebola


"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Amigo Sifrónio

Pagamos sempre e aquele que reclama continua a pagar e pode ficar sujeito ao "moobing" que agora está na moda e parece fazer parte da gestão moderna de conflitos.

Os "lixos fixos" que são resíduos perigosos, resultantes dos pavimentos de "asfalto" produzidos nas suas obras de "saneamento?" e reparações das estradas estão realmente fixos, cobrindo os afloramentos do jurássico no baldio dos Rodelos em plena Reserva Ecológica Nacional, é caso para dizer que é pura "trafulhice" dizem que defendem o ambiente e as águas subterrâneas, estes resíduos perigosos naquele local mais tarde ou mais cedo vão contaminar o Aquífero Cársico da Bairrada, a sorte é que essa contaminação desaparece depressa (vários séculos). Desfraldem sem vergonha e pudor as bandeiras das "Boas práticas ambientais" com esta e outras situações, pois há mais no concelho, escandalosas.
"Paga e não bufa" é o que nos estão a impor (ditadura). É necessário lutar contra isto.

Um abraço
Carlos Rebola


"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"
Multiolhares

Na verdade somos um povo sereno, no entanto a serenidade tem limites e quando estes são atingidos, por inconsciência ou não daqueles que têm as soluções, o desfecho pode ser de grande sofrimento. Esperemos que os limites da serenidade não sejam ultrapassados.

Abraço
Carlos Rebola

"INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água"

zbl

Se fosse só pão-de-ló!!!

Vê o que se passa na administração da GEBALIS-EM da Câmara de Lisboa, sabemos porque veio a público, o que não sabemos deve ser bem mais e maior. Parece ser paradigmático.

Carlos Rebola



"Tarifa ou taxa de disponibilidade. "Paga e não bufa" é tudo legal!!!!"
Amigo Táxi Pluvioso

Os impostos deveriam ser justa e equitativos, para salvaguardar, colocando ao serviço dos cidadãos, o “Estado Social”, conquista enorme da "revolução francesa (1789)" com a primeira "Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão".
Hoje a chamada "economia financeira" há quem lhe chame "grande casino" associada a medidas economicistas dos governantes estão a destruir o "Estado Social" estimulando a avidez pelos "lucros" a qualquer custo fazendo do nosso país dele aquele em que as desigualdades sociais e económicas (diferença entre ricos e podres, chamam-lhe "fosso") são vergonhosamente as maiores na União Europeia.

Andamos, há mais de trinta anos, a ouvir dizer que é preciso "apertar o cinto" para a solução dos problemas do país (isto com a ajuda de todos, será?). Que raio andam a fazer os "iluminados" e cientistas que estudam estes problemas que não conseguem ou será antes não querem encontrar uma solução duradoura, a isto só se pode chamar IMCOMPETÊNCIA ou vigarice, tantas comissões pagas milionariamente, para quê?
O ar e o sol, estão aí disponíveis, estão á espera de quê, apliquem aos seus consumidores a tarifa de disponibilidade, agora que estão na moda as "energias renováveis", talvez quando não podermos respirar queiramos gritar mas já não é possível o grito...

Um abraço
Carlos Rebola


CONSTELAÇÃO DO TOURO (2)
Amigo Vieira Calado
O fascínio do homem pelo céu estrelado é comprovado pela história da astronomia, como tão bem é exposto pelo amigo na postagem (1) relativa à Constelação do Touro, acho curioso que os Incas lhe tivessem dado o nome de “prado” pela sua representação.
Utilizar as estrelas, neste caso "Aldebaran" para orientação no mar, vem corroborar a afirmação de que a "astronomia está na génese da ciência".
É fantástica, a maneira, como o amigo Vieira Calado relaciona a mitologia e lendas de outrora com os factos científicos de hoje, mostrando-nos assim o caminho percorrido pelo Homem, acumulando saber, desenvolvendo a ciência.
Obrigado

Um abraço
Carlos Rebola

as escusas na lei antiga
Aqueles eram preceitos de humanismo e de respeito pela vida humana, parece que hoje se esqueceram que até na guerra há valores que devem ser respeitados.

Abraço
Carlos Rebola

Em torno do populismo
Amigo Arsénio Mota

Pelo que tenho vindo a observar, no discurso politico, a utilização do termo populista para pessoas e politicas, é utilizado quase invariavelmente para denegrir, lá sabem porquê (nós também sabemos), quem apresenta propostas realmente favoráveis ao povo mais sofredor. Não estou a pensar naquelas pessoas, essas sim populistas, que estão sempre a dizer que o que fazem é para bem de todos quando as consequências do que fazem só agravam a situação de que já está fragilizados, esse tipo de populismo no sentido deturpado (engano através da propaganda cientifica), que lhe querem impor, tem resultado no que hoje está á vista de todos, Portugal é um país da Europa onde o "fosso" entre ricos e pobres é maior.
Obrigado Arsénio, a sua explicação, fez-me, saber melhor e com mais consciência o uso das palavras “desvirtuadas intencionalmente” como armas assassinas de boas ideias, propostas e vontades.

Um abraço
Carlos rebola



No barco das mulheres
Talvez seja o seu instinto mais profundo, o maternal, que na idade procriadora, no subconsciente da mulher, lhe atire para cima a tremenda responsabilidade de pôr neste mundo, filhos de homens que para além do sexo exijam muito mais da mulher, filhos de progenitores capazes. (selecção natural?) Mas outras abordagens, são possíveis: - concorrência em haréns ou em mercados, mulheres "produzidas" para a sedução do lucro ou para o lucro da sedução, mas, e as mulheres que são as mais lindas do mundo, as nossas mães! Como é?...

Um abraço
Carlos Rebola



"Tarifa ou taxa de disponibilidade. "Paga e não bufa" é tudo legal!!!!"
Caro Vieira Calado

Nesta comparação de Portugal com outros países, o "poder" usa dois critérios e duas medidas, como o amigo diz e bem:

1- Para as coisas menos boas, temos que fazer porque os outros fazem e temos que os acompanhar.

2 - Para as coisas boas, isso seria irresponsabilidade da nossa parte e lá vem a propaganda científica diga-se aldrabice tipo “burla” para convencer “convencidos”.

Aquela de vamos "alcançar o pelotão da frente da Europa" só mesmo invertendo o sentido do percurso, depois da partida.

Um abraço
Carlos Rebola


PACTOS DE SILÊNCIO
Caro Sifrónio

Este caso, não deve ser mais, que a pontinha do grande iceberg dos compadrios políticos, da corrupção, do tráfico de influências, etc.
E assim vai o nosso país, com escandalosas trocas de favores entre os que estão no poder e pessoas influentes, que usam como moeda de troca, os direitos dos cidadãos honestos e de elevados valores, que cumprem os seus deveres, pagam os seus impostos integralmente, para serem entregues assim a gente que, sem moral ou dignidade humana e cívica, contribuem, na medida que estes casos nos mostram, porque outros não são mostrados, para que os pobres, a maioria, estejam cada vez mais pobres e os ricos (os de colarinho branco) estejam cada vez mais ricos.
Estamos, cada vez mais, próximos do limite suportável pela indignação que este estado de coisas provoca.

Um abraço
Carlos Rebola


Atelier
Até pode parecer bagunça, mas no fundo não é mais que o resultado da dinâmica, do trabalho do mestre artesão, no seu espaço pessoal, no qual tudo está à mão quando necessário, visto por terceiros parece desorganização, mas está tudo ali preparado para o nascimento de algo que vai gemer em de alegria nas mãos do felizardo mestre. Para alegria de quem vai ouvir e sentir na alma a sua voz que é musica, muito limpa.
Já está bonita, parabéns.

Abraço
Carlos Rebola


"Como invernar uma amizade?"
Lido ao contrário é o que precisamos fazer para manter uma amizade sempre viva e forte.
O peixinho agradece... obrigado.

Bom fim-de-semana
Carlos Rebola


"Tarifa ou taxa de disponibilidade. "Paga e não bufa" é tudo legal!!!!"
Graça Mello

Se durante a "antiga senhora" as pessoas tinham receio e medo que a PIDE as molestasse por terem a ousadia de emitirem as suas opiniões, hoje mais de trinta anos depois as pessoas têm medo de reclamarem e de expressarem o que consideram errado, já não existe a PIDE mas parece que se está perante uma espécie de "Moobing" generalizado, os trabalhadores se dizem que estão mal pagos o mais certo é irem para o "olho da rua", se os contribuintes se dizem injustiçados, logo vem a chacota, humilhação e marginalização porque não querem contribuir para o desenvolvimento do país.
Penso que estamos num país onde os governantes já disseram mal de todos os sectores sociais e laborais, é vergonhosa esta tentativa de pôr os cidadãos uns contra os outros por métodos de assédio psicológico designado por Moobing nas escolas pelos vistos está em desenvolvimento o Bulling.
Pagamos e calamos até nos "fartarmos" destas injustiças que nos chamam à insubordinação. Vejo o sistema fiscal como uma rede construída malha a malha, na qual caímos, precisamos estrebuchar até que haja rotura desta apertada “rede”.
Obrigado por ter linkado o "Ferroada" já linkei o "Mello".

Beijos
Carlos Rebola



"Tarifa ou taxa de disponibilidade. "Paga e não bufa" é tudo legal!!!!"
Mariazita

É verdade estamos perante a teoria do "gato pardo", é preciso mudar alguma coisa, para que tudo continue na mesma, no nosso caso pior.

Realmente estão a esticar demasiado a corda, que já está muito perto do pescoço, pode ser que a corda rebente, o que acontecerá de certeza, se nós, os prejudicados e condenados “à forca”, ajudarmos a acontecer e de preferência que rebente pelo lado mais forte ao contrário do que diz o ditado.
Como aconselhou o PR não podemos “baixar os braços”.

Beijos
Carlos Rebola



"SINCERIDADE"
Maravilhoso post sobre a sinceridade, que me fez reflectir.
Sendo a sinceridade, a transparência da "alma", dos pensamentos e sentimentos de quem a manifesta, por vezes esta pode trazer dissabores, já que mostra tudo o que temos e somos e segundo o ditado "a ocasião faz o ladrão" podemos ser despojados do que nos é querido, por valoroso. A génese romana da palavra e do seu sentido é interessante. As citações remetem à nossa reflexão, principalmente Fernando Pessoa. No entanto a sinceridade, nunca vende “gato por lebre”, que é negócio em expansão nos nossos dias, infelizmente.
Obrigado

Beijos
Carlos Rebola

O Provérbio: - "O pior uso que se pode fazer da liberdade é abdicar dela"

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tarifa ou taxa de disponibilidade. "Paga e não bufa" é tudo legal!!!!

Na sequência da carta enviada ao Senhor Primeiro-Ministro de Portugal recebi do IRAR (Instituto Regulador de Águas e Resíduos) a seguinte resposta:

Posted by Picasa
Quando toca a pagar lá vem a comparação com os restantes países, da União Europeia…
"Esta solução legal vem assim de encontro ao que o IRAR tem vindo a defender, no sentido da existência de tarifas de disponibilidade, à semelhança da generalidade dos países da União Europeia".
Quanto à legalidade desta solução há muitas pessoas a dizerem e sentir o contrário, um exemplo. É claro que o facto de ser imoral, já não conta para quem tem poder.
Da missão do IRAR (organismo governamental, tutelado pelo Ministério do Ambiente).
“A obtenção dos preços mais baixos que permitam simultaneamente a viabilidade económica e financeira das entidades gestoras, o que naturalmente corresponde à situação mais justa para os utilizadores, exige uma forte intervenção da entidade reguladora.”
Compreende-se, mas nada mudou para melhor do ponto de vista do consumidor, a uma taxa nova, deveria corresponder um serviço novo.

IRAR
“O Instituto Regulador de Águas e Resíduos, no âmbito da sua missão de promoção da eficiência e da equidade dos preços praticados pelas entidades gestoras dos serviços de abastecimento público de água para consumo humano, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos urbanos, realizou um estudo sobre as tarifas dos serviços prestados aos utilizadores domésticos e industriais em 2007.
O estudo tem por objectivo central caracterizar os tarifários existentes e contribuir para apoiar os municípios na definição de políticas tarifárias equitativas e eficientes, de forma a salvaguardar os interesses dos utilizadores e das próprias entidades gestoras.”

Em tudo isto, fica esquecido, o dever da EM´s tratarem os seus próprios resíduos.
Neste caso particular, parece-me que é licito pensar, que ao aprovarem a lei 12/2008 de 26 de Fevereiro, comunicaram aos municípios, para não se preocuparem porque com a abolição do “aluguer do contador” estes, os municípios, que tem serviços de distribuição de água ficariam a ganhar substituindo essa taxa de no caso de Cantanhede, 0.845€ por qualquer outra no caso “taxa de disponibilidade de 2.20€, o que aconteceu na realidade deixamos de pagar aluguer do contador para começarmos a pagar a taxa de disponibilidade 260% mais cara, quase três vezes mais.

Decerto e pela mesma lógica, a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), proposto pelo governo, vai na prática, resultar num aumento do que se paga sobre os mesmos imóveis.
É para desconfiar, quando dizem, que vão reduzir este ou aquele encargo fiscal, em benefício dos contribuintes.
Há coisas que não dá para entender. Só para iluminados, mesmo…

Porque nos dizem respeito a nós enquanto, também, pagadores dos serviços e gestão dos mesmos, surgem questões, que talvez gostássemos, de colocar e ver respondidas:

Não existe nenhum organismo estatal que realmente defenda o cidadão, além dos tribunais?

Porque “não há almoços grátis” terão que ser os contribuintes a pagar, os ditos almoços, ordenados chorudos, carros, combustível para passeatas, telemóveis, férias offshore, etc. como veio hoje à luz do dia, digo comunicação social, na GEBALIS-EM será norma ou excepção, provavelmente nunca saberemos?

Qual é a fórmula descritiva (fundamentada) do cálculo do preço da água?

Quais serão os parâmetros que entram no cálculo do preço da água? Será que nesse cálculo não está incluído a disponibilidade que o serviço de distribuição sempre teve?

Qual o montante gasto com a administração da INOVA (incluindo prémios, custas de representações, deslocações, estudos, etc) no total?

Quais os custos da manutenção, renovação e rega das rotundas do concelho, transformadas em jardins relvados?

E outras que queiram colocar, prevêem-se muitas.

Links:
Lei das Finanças Locais
Lei da Água
O Provérbio: - "Na confiança está o perigo"

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

INOVA-EM factura das taxas, versus factura de consumo de água

clicar na figura para aumentar


A factura do consumo de água, INOVA-EM, passou a ser uma factura mensal de taxas. Que pouco ou nada esclarece, sobre a justificação e fundamentação dos seus cálculos. Uma confusa factura.
- Consumo de água ( custo do serviço serviço)* - 1.48€-100%
- Saneamento fixo (taxa) – 1.21€ - 81.76%
- Saneamento variável (taxa) – 1.04€ - 70.27%
- Lixo fixo (taxa) – 1.02€ - 68.92%
- Lixo variável (taxa) – 0.15€ - 10.14%
- Tarifa de disponibilidade (taxa) – 2.20€ - 148.65%
- IVA (taxa) – 0.29€ - 5%
- Total de “taxas” – 5.91€ - 399.32%

Conclui-se assim que estamos perante uma factura de taxas e não de consumo de água.
Quem se esforça por reduzir o consumo de água é penalizado fortemente nas taxas que paga.


Os consumidores não entendem, o que são saneamento variável e lixo variável, era bom que tal fosse explicado de modo a que todos compreendam, os cartazes de propaganda dos serviços INOVA são bonitos e devem ser caros, mas não explicam isto, sugerem-se, uma vez que não tomam a iniciativa, campanhas de esclarecimento junto das populações, o Zambujal ainda tem uma escola onde podem ser feitas. Serão bem vindas campanhas pedagogicas sobre o consumo de água, saneamento, lixos e ambiente. Antes que a escola seja encerrada.


O contribuinte é assim tão explorado porquê? Que interesses os contribuintes estão a pagar, o princípio do poluidor pagador deveria ser mais justo e penalizar aqueles que realmente poluem, não todos por igual.
* - O cálculo do custo da água no consumidor já inclui algumas das chamadas taxas principalmente a “tarifa de disponibilidade” que além de ser ilegal face ao prescrito na lai 12/2008 está incluída nas variáveis que entram no cálculo do preço por m3 de água, como despesas de manutenção de infra-estruturas, distribuição, manutenção do serviço, etc.

Para melhor conhecimento, da situação e evolução dos programas relacionados com a água na região, veja.

Nós consumidores dos serviços que estamos a pagar múltiplas vezes, temos a obrigação de exigir que a lei seja cumprida, enquanto cidadãos que cada vez mais confiam menos naqueles que dizem que nos defendem. A Lei do consumidor é uma defesa legal que deveria ter aplicação espontânea pelas autarquias, sem Chico-espertismos de interpretações da lei, que subentendem erros ortográficos e outros, para consumo do tal “tanso fiscal”. Não somos analfabetos funcionais.

Precisamos reagir antes que seja tarde

O provérbio: - "Da justiça, o pobre só conhece os castigos"

"Os meus comentários na blogosfera na última semana"

A banca nacionalizou o Governo!!!
Caro A. João Soares

Os papás e protagonistas, desta crise, que segundo parece é para continuar e piorar, andam-nos a contar fábulas, do tipo "capuchinho vermelho" usando uma terminologia adequada, mas não nos explicam onde está a caverna onde guardam o que roubam como fazia "Ali Bábá e os quarenta ladrões" naquela história, que não nos contam.

Se nada se destruiu o que lata num lado tem que estar noutro, afinal onde fica a caverna de Ali Bábá? Parece que é lá que estão os biliões que faltam, por isso seria bom que descobrissem tal caverna e usem a mesma “filosofia” usada no extermínio de terroristas, iguais. Não deixem pedra sobre pedra dessa caverna ou edifício.

Um abraço
Carlos Rebola

"EXPOSIÇÃO MUNDIAL DE 1937"
Amigo José Torres

Projectos para mil anos e não duraram mais, que algumas décadas, erros "antigos".
Mas hoje parece que não se aprendeu a lição e aí estão novos erros cópia dos antigos, só o seu berço está noutros lugares.
Por mais imponentes e poderosos que desejem ser os impérios um dia cairão, pelo menos é o que a história nos diz. E se, como parece que sempre foi, tais impérios não se basearem no respeito pelos povos ainda cairão mais rápido.
A propaganda até pode surtir efeito numa fase inicial, mas com o tempo acabará por ser desmascarada.

Um abraço
Carlos Rebola


"HOSPITAL GARCIA DE ORTA UM CASO INEDITO..."
Mas então os doentes da "ala de psiquiatria" estão entregues a si próprios, não há médicos por perto?

O que o João relata é escandaloso, um hospital recorre ao Instituto Nacional de Emergência Médica para emergências dentro do próprio hospital? Como é possível oferecerem aos portugueses serviços assim… como os melhores de sempre.

É assim que estão a melhorar o SNS? Não estão antes a destruí-lo?

Abraço
Carlos Rebola

As fontes, de origem romana, do Zambujal há muito que estão a precisar da atenção das autarquias
Isto acontece porque a janela temporal dos autarcas e dos políticos em geral, é de quatro anos o tempo duma legislatura, o que lhes interessa é fazer coisas vistosas, com o dinheiro dos contribuintes, que sejam cartazes eleitorais para se manterem no poder. Trabalham para clientelas, compadres e amigos, as populações que se lixem, até ás próximas campanhas eleitorais.

Abraço
Carlos Rebola


"As fontes, de origem romana, do Zambujal há muito que estão a precisar da atenção das autarquias"
Amigo José Torres

A criação das empresas municipais "EM", parece-me que foi uma manobra politica para as autarquias irem buscar fundos no quadro da CEE, mas resultou num regabofe que nalgumas autarquias são uma escandaleira, principalmente na distribuição de água, acabaram ou foram reduzidos os fundos que vinham do exterior, para pagarem os ordenados "chorudos" a funcionários superiores (os funcionários inferiores? ficaram na mesma ou piores) das Câmaras que transitaram para as "EM´s" com vencimentos de administradores e ou gestores, muito superiores. Para que mantenham o nível de "competência" (hoje medem a competência pelo ordenado) vão buscar o vencimento aos munícipes (contribuintes) inventando taxas de disponibilidade e outras como lixos fixos e variáveis. O panorama geral da "EM´s" segundo notícias públicas é muito mau.
Talvez por tudo isto não lhes interessa manter as fontes limpas com água potável, porque podem ser uma alternativa quando as pessoas já não puder pagar aquela que eles fornecem.
É por isso que devemos reclamar e, nunca nos deixarmos levar.

Abraço
Carlos Rebola

"As fontes, de origem romana, do Zambujal há muito que estão a precisar da atenção das autarquias"
Caro Daniel

É verdade, prometem tudo de bom, porque ainda há quem acredite em valores que praticam, dão-lhe o voto, que é de confiança nas promessas, estas quase nunca são cumpridas como foram prometidas.

Gera-se a desconfiança que se transforma novamente em confiança nas eleições. A magia dos ilusionistas.

Abraço
Carlos Rebola








"As fontes, de origem romana, do Zambujal há muito que estão a precisar da atenção das autarquias"

Caro Lapa

Julgo que nunca se pode baixar a cabeça e deixar o mundo por conta dos maus, senão acabamos todos "fritos", porque a coisa está a aquecer. É pena que tantas vezes e cada vez mais tenhamos que reclamar daqueles que deveriam fazer tudo mas tudo em defesa do futuro que nos prometeram e que parece não estão a cumprir.

Um abraço
Carlos Rebola


"As fontes, de origem romana, do Zambujal há muito que estão a precisar da atenção das autarquias"
Fernanda

Com um pouco de consideração pelos sítios e populações, tudo seria mais bonito, mas infelizmente a quem se deu a capacidade de poder não está para aí virado e é o que se vê, com tristeza.

Beijos
Carlos Rebola

"Buganvília"
Júlia
A buganvília (Bougainvillea glabra)é uma trepadeira muito bonita, a da foto é linda.

Já plantei algumas mas por motivos que desconheço, não se desenvolveram, talvez tenha a ver com as características do terreno e drenagem do mesmo, mas não vou desistir e vou conseguir ter uma. Na minha terra, há quem lhe chame "primavera".

Beijos
Carlos Rebola

O provérbio: - "A razão, ainda que severa, é sempre amiga e sincera"

terça-feira, 14 de outubro de 2008

As fontes, de origem romana, do Zambujal há muito que estão a precisar da atenção das autarquias

A água tal como o ar e o sol é um bem público vital à vida (seria uma aberração privatizá-la), há consciência que a água é um bem “escasso” que deve ser bem tratado mas na realidade parece que se estão a criar as condições para a sua privatização, com o argumento de que os custos do seu tratamento e distribuição, são muito elevados para os contribuintes. As populações devem opor-se energicamente as estas intenções, a aceitação da privatização das águas é o primeiro passo para a privatização de outros bens públicos vitais como o ar e o sol…devemos estar atentos, o futuro o dirá.





Esta é a Fonte Perto que merecia ser cuidada pois está em péssimo estado de conservação, como construção romana que é.


O logradouro da nascente da Fonte Seca está votado ao abandono pela autarquia que o cercou e plantou árvores em tempos.



O fontanário da Fonte Seca ainda utilizado por muitas pessoas está neste estado, à entrada da povoação é um triste "cartaz" publicitário de como a CMC trata esta comunidade.




Esta é a Fonte dos Rodelos Também de origem romana cuja manutenção constitui uma promessa eleitoral do presidente da Junta de Freguesia de Cadima. Encontra-se neste estado deplorável.



Esta a fonte de Vila Nova, idêntica à Fonte Seca, está à vista de todos o cuidado com que foi tratada pela Junta de Freguesia de Outil no mesmo município do Zambujal.

A propósito da importância das fontes para as populações

Sobre a falta de água em Outil o jornal "Gazeta de Cantanhede n.º 1508 de 13 de Julho de 1946 dizia o seguinte:
"E é vê-los caminhar continuamente com os seus bois jungidos aos carros, e nestes a pipa habitual, percorrendo as nascentes do Zambujal…" As fontes do Zambujal eram importantes e ainda podem vir a ser para as comunidades da região e devem ser cuidadas.



Já no jornal "Boa Nova" n.º 38 de 14 de Julho de 1934 se escrevia assim sobre a Fonte Seca

"Zambujal
- Dizem que o rabo (salvo seja) é mais ruim de esfolar pois é por ele que vamos começar, quere dizer, na última correspondência falamos na Fonte Seca.
Chama-se Fonte Seca mas não é seca; é até uma das melhores cá dos sítios. Só é pena que ela esteja como está. Os que lá vão, primeiro lavam os pés e depois é que enchem as vazilhas.
Só teem a vantagem de trazer a água… adubada.
Ó senhores lá da Câmara, por quem são, ao menos dêem-nos água boa."


Já lá vão 74 anos e a noticia mantem-se actual com a diferença que hoje ninguém vai à fonte lavar os pés porque esta deixou de ser de chafurdo com a construção do fontanário em 1936.


Mas continua em péssimo estado como as fotos documentam.


Os "políticos" autarcas podem desculpar-se com a falta de tempo, dinheiro ou outros meios... parece no entanto que a verdadeira razão é a falta de consideração pela população do Zambujal e o seu desprezo pela sua qualidade de vida. As fontes sem manutenção, os baldios “ocupados” mas que deviam ser administrados e protegidos pelas autarquias, a população em 1964 confiou nelas para o fazer, o lixo depositado em zona REN e destruição dos afloramentos na mesma zona demonstram o não cumprimento da Agenda 21.

"pensar global, agir local"

Como "prova" desta falta de respeito, pela comunidade e meio ambiente pode-se verificar pela quantidade de resíduos de pavimento (alcatrão) resultantes das obras para o saneamento (que continua morto e enterrado) despejados nos Rodelos, em plena Reserva Ecológica a dona da obra que produziu estes resíduos é a Câmara Municipal de Cantanhede (CMC) que estipula no seu regulamento do ambiente (n.º 3 e n.º 4 do artigo 17.º) que o dono de obra é obrigado antes do inicio da obra, a indicar o local onde vão ser depositados os resíduos produzidos e o local tem que ser aprovado pela CMC, apesar das reclamações e intimação das autoridades para que o terreno fosse limpo tudo continua na mesma. Temos que acreditar? que um local de formações geológicas, (o município ganhou um Prémio Geoconservação 2006), com valor cientifico, pedagógico e cultural situado em Reserva Ecológica é o local aprovado pela CMC para deposição de resíduos que além disso por ficarem em zona do Aquífero Cársico da Bairrada que alimenta a exsurgência (nascente) dos Olhos da Fervença origem de toda a água distribuída na rede do concelho que deveria ser cuidada exemplarmente, a começar pela própria autarquia. Os resíduos (alcatrão, pneus, plásticos) são de degradação lenta e a longo prazo contaminam inevitavelmente o aquífero, deixando às gerações futuras uma triste herança... água conspurcada. Estes tristes exemplos da autarquia repetem-se por todo o lado (http://ferroada.blogspot.com/2008/08/lixo-os-maus-exemplos.html). É preciso ter consciência que um aquífero contaminado demora séculos a recuperar.A autarquia tem recebido vários prémios de boas práticas ambientais, no entanto estes não são consentâneos com a realidade. Até faz recordar os tristes galardões na ex "União Soviética" dados aos milhões em cada "quinquénio".


O Provérbio: - "Antes fazer que prometer"

domingo, 12 de outubro de 2008

Os meus comentários na blogosfera na última semana

A dona da política

Amigo Manel

Já não é preciso olhar para os estendais e "relvados coradoiros" para ver cuecas, as vestes cada vez são mais curtas como as memórias, mas continua actual o ditado "quanto mais se baixa, mais lhe vemos o cu". Apesar dumas boas "nalgas" serem sempre apreciadas, é preciso denunciar a pouca vergonha que é o facto de nos querem ludibriar com imagens manipuladas com o intuito de apagarem as suas responsabilidades, de outrora que conduziram também a esta actualidade que hoje "candidamente" denunciam.
Talvez uma associação cívica organizada, não precisa ser em Olhão, por não lapardões e não tótós fosse um bom contributo para clamar o quanto lhes vemos o cu.
Parece que a vontade existe, que tal amadurecê-la?

Um abraço
Carlos Rebola




Tanta ausência, amiga!
Vejo aqui pintado um belo quadro, que retrata a amizade verdadeira que se confunde, por ser verdadeira, com o amor. Bem-haja amigo.

Um grande abraço
Carlos Rebola


Sexo, mentiras e medos
Se fizermos um "filme" imaginário (de imagem), dos factos aqui relatados e da maneira como foram tratados, salta à vista que a justiça justa é uma miragem neste país que dizem ter um Estado de Direito eu diria que o Estado é bem torto cheio de curvas que na volta estão "armadilhadas". Realmente é de ter cautela ao conduzir ou ser conduzido por estas vias, assobiar para o lado não abafa o clamor de quem ali ao "lado" clama gritando de sofrimento, parece que a natureza humana baseada em princípios e valores de humanismo, está a ser substituída por uma natureza animal baseada nos mais "baixos" instintos. "A selva".

Abraço
Carlos Rebola


Revista de imprensa
- O Magalhães real, foi morto, antes de concretizar o objectivo.

- O "… português com uma larga capacidade de fazer acontecer" continua a andar por aí. Cuidado!... já sabemos o que é capaz de fazer acontecer.

- A "Geração de Ideias", como um “gerador” pode gerar ideias renováveis mas quanto a gerar electricidade, duvido.

- Se a fé tem efeito analgésico está explicado o facto, de num país dito católico como é o nosso, quase ninguém se queixar ou reclamar. A dor não é sentida, andam anestesiados pela fé.


Língua: de mal a pior
Amigo Arsénio Mota

Se é “necessário” reformular o ensino da Língua Portuguesa porque muitos alunos não querem o Português literário.

Porque não reformular o ensino da matemática porque “muitos” alunos, não querem, a Tabuada?

Porque não reformular o ensino das ciências porque “muitos” alunos não querem o Método Cientifico?

Porque não reformular o próprio ensino, porque “muitos” alunos, não querem fazer o necessário esforço intelectual fonte do saber?

Assim não pode haver combate sério aos “nemátodos” que estão a atacar qualquer troco e ramo do saber. Já não bastavam as pragas vindas do exterior, para nos depararmos com as que são disseminadas cá dentro e mais grave com a ajuda do próprio pelo próprio ministro da cultura, para afectar e infectar ainda mais a saúde e vitalidade da nossa língua materna que se pode transformar em “língua madrasta”.

Um abraço
Carlos Rebola

"Água. "Tarifa de disponibilidade" que toma o lugar da "taxa de aluguer do contador será, "cartelização", "chico espertismo" ou ambas as coisas?"
Amigo Táxi Pluvioso

É quase certo que, quando os políticos, põem em prática uma medida dizendo que irá beneficiar o consumidor, o mesmo consumidor vai ficar prejudicado com o pretenso benefício. Temos como exemplo, a liberalização dos preços de produtos de primeira necessidade, ficaram todos muito mais caros a seguir, mas diziam que a liberalização só beneficia o consumidor por via da concorrência.
Esperemos e lutemos, para que os serviços de distribuição deste bem público e vital que é a água nunca seja privatizado, seria o descalabro.

Um abraço
Carlos Rebola


Sem título
Belo pensamento. A verdadeira amizade é sempre incondicional, caso contrário não passa de jogo de interesses próprios.
Abraço
Carlos Rebola

"FUMAR MATA"
Amigo José Torres

Sou fumador e reconheço a estupidez de me saber estúpido neste caso por continuar a fumar sabendo e tendo consciência dos terríveis malefícios do tabaco para a minha saúde e dos que me rodeiam. No entanto o seu irónico e magnifico post levou-me a tomar a decisão de deixar de fumar mesmo antes de ver as fotos do artigo a que remete o link do "cadenaser".
Sou contra os Xicos Espertos e não vou mais pactuar com o Zé da Tabacaria, não posso ser contra mim próprio, não, não estou a brincar. Este post teve mais eficácia que todas as campanhas antitabágicas que já vi.
Obrigado

Um abraço
Carlos Rebola

Sem título
Acreditar nas próprias mentiras, é auto-suficiência num processo em circuito fechado. Também é ecológico por reciclar e reutilizar.

Abraço
Carlos Rebola


"Efeito de dominó"
O "efeito dominó" a "teoria do campo" ou a "teoria do caos" levam todas ao princípio de que tudo está relacionado.
- A queda de uma peça provoca uma cadeia de efeitos semelhantes, a (queda de outras peças).
- "Se deixo cair um grão de areia, a estrela mais distante no universo estremece" (Fernando Pessoa).
- O bater de asas duma borboleta na China pode provocar uma tempestade nos Estados Unidos.

Na economia criam-se tantos laços, que estes, devido a tensões desconcertadas e descontroladas, se podem transformar em nós tão difíceis de desatar que só a ruptura resolve a questão.
Aí o ditado "a corda parte sempre pelo lado mais fraco" o mexilhão.
No fundo o que se está passar com a crise financeira é mais um efeito, o da Globalização. No entanto tudo passa.

Um abraço
Carlos Rebola


"Mistério"
A Natureza também produz arte que é bela, como este maravilhoso conjunto de nuvens.
Será uma mensagem? Até pode ser, o código pode ser desconhecido, no entanto causa impressão.
Para já é uma fantástica e misteriosa imagem. Concordo.

Abraço
Carlos Rebola


A PORTA DO LADO
Mariazita

Obrigado por partilhar connosco, este método gracioso de bem-viver em sociedade.
É preciso entrarmos e também sairmos pela porta do lado quando alguém ou alguma coisa a impediu de abrir, sem barafustar ou praguejar no fundo para nós mesmos estragando aquele momento e os que se seguem e que são irrepetíveis nas nossas efémeras vidas.
A porta do lado é a alternativa tão válida como a outra e resulta sempre, há sempre uma porta que podemos abrir sem perder tempo e alegria de viver com aquela que não podemos abrir...
Obrigado

Beijos
Carlos Rebola


"A broa de milho da terra à nossa mesa"
Amigo Sifrónio

E então se for acompanhada com umas azeitonas e uma pinga de estalo, nem se fala...

Um abraço
Carlos Rebola

"A broa de milho da terra à nossa mesa"
Amigo José Torres

O resultado final é bom, a broa é uma boa alternativa ao pão, já o trabalho que dá antes de chegar à mesa é discutível, penso que ainda existem pessoas que façam todas estas "lides" com prazer e satisfação.
É mesmo como diz um "naco" de broa ou boroa, acompanhado com umas azeitonas pretas é de "chorar por mais".
Na minha terra os mais idosos que não tinham dinheiro para os cigarros, usavam a barba de milho seca em substituição do tabaco eo folhelho, as folhas mais finas e brancas que estavam mais junto das espigas, em substituição das mortalhas onde enrolavam a barba de milho para fazer o cigarro. Evitavam a nicotina e também fazia fumo, para, isso sim, matar o "vício".
A broa acompanha muito bem pratos de bacalhau como aquele que nos ensina a fazer no "Inséte" "Tibornada de bacalhau com batatas a murro", foi o petisco no nosso convívio de 4 de Outubro.
Quanto à petinga é proibida mas que a há, lá isso há e que o diga o gato do amigo...

Um abraço
Carlos Rebola



Sem título
Vertigo

Imagino o mundo sem música nem dança, como um mundo muito triste, talvez um mundo morto, sem movimento.
Bela selecção, gostei de “Enjoy the silence” e sempre bom ouvir Zé Afonso.

Beijos
Carlos Rebola




"A broa de milho da terra à nossa mesa"
Fotografa

Obrigado pela visita.
Espero que tenhas saciado o teu apetite com uma fatia de broa acompanhada dum bom "conduto"…

Beijo
Carlos Rebola

"A broa de milho da terra à nossa mesa"
Amigo Arsénio Mota

Obrigado pelo elogio.
É verdade a terra era fertilizada somente com o estrume dos currais do gado, mas se atentarmos no discurso da moda actual da agricultura biológica até parece que tal agricultura é uma invenção dos actuais engenheiros agrários, descobriram sim a maneira de vender os produtos agrícolas "biológicos" muito mais caros, coisa que os verdadeiros agricultores biológicos de antanho nunca conseguiram.
Também seria bom que o tempo que estão a pensar aumentar a produção de milho para produzir "biodisel", o façam para diminuir a fome no Mundo, a broa tem provas dadas de que o faz bem, mitigou a fome a muita gente, quando criança, não havia farturas, ainda me recordo de ansiosamente esperar que saísse do forno da minha avó, aquela pequenina broa (o torto) que era feita com as raspas da massa da gamela, que repartia com os meus companheiros de brincadeiras e mínguas, o "torto" era devorado num ápice, não com gulodice, mas com satisfação, também era a necessidade que nos fazia comer a broa com bolor. É muito triste sabermos que com tanto progresso e riqueza, ainda haja no século XXI quem procure nos caixotes do lixo e até lixeiras "restos" de alimentos para "matar" a fome. É um paradoxo verificar que as armas são distribuídas até à mais recôndita montanha ou floresta e dizem-nos que a fome no mundo é devida à dificuldade da distribuição dos alimentos.

É preciso "reivindicar mais milho, mais broa nas mesas e... menos fome!"

Um abraço
Carlos Rebola


"A broa de milho da terra à nossa mesa"
"Uma ilha"
É sempre bom recordar os nossos momentos prazenteiros de crianças a brincar nos espaços e momentos agradáveis que as tarefas agrícolas nos proporcionavam.
Obrigado

Abraço
Carlos Rebola


"A broa de milho da terra à nossa mesa"
Adélia

A debulha dos cereais era sempre um tempo de grande alegria era a fase final da colheita resultado de muito trabalho, daí a alegria e festa próprias das adiafas.

Um beijo
Carlos Rebola

Untitled
Só mesmo dum intenso amor, como Florbela Espanca era capaz de sentir, poderia resultar esta pérola feita poema.

Beijos
Carlos Rebola


porque hoje é sexta
Acho a fotografia bonita, mas não gosto do cão, acho-o feio...
Obrigado pela tua visita ao "Ferroada"

Bom fim-de-semana
Beijos
Carlos Rebola


Se quisermos o sol pode sempre brilhar
Linda homenagem feita hino, merecida, a todos aqueles que no seu tempo construíram o que de bom temos no nosso presente. Idosos tantas vezes infelizmente maltratados e desprezados. Bem merecem a beleza do sol, quase no seu ocaso.
Bem-haja

Bom fim-de-semana
Beijos
Carlos Rebola



"VOEI NAS ASAS DUM LÁPIS"
Esta fantasia azul de céu e mar, feita poesia, faz-nos voar, soltando palavras ao vento, até ao infinito...

Bom fim-de-semana
Beijos
Carlos Rebola


http://caixinhadapandora.blogspot.com/

Realmente existem momentos, em que precisávamos urgentemente, dumas asas e voar levando como única bagagem os nossos desejos.

Beijos
Carlos Rebola

"Caminhos escritos à mão"
Caminhos, vários, me trouxeram aqui, parei, gostei e voltarei.
Doação bonita.
Bom fim-de-semana

Abraço
Carlos Rebola


7 de Outubro 2008
Monólogo do tempo
http://olharemtonsdemaresia.blogspot.com/

Também por aqui "Hoje os anjos não varreram o céu" e deixaram-no lindo, todo empoeirado e salpicado de estrelas... e entre tantas reconheci uma, pelo cintilar.
Obrigado pelo lindo texto.

Bom fim-de-semana
Beijo
Carlos Rebola

O Paradoxo do Nosso Tempo

Amigo A. João Soares

Realmente é espantoso como nos "empanturramos" com o trivial, o acessório de tudo o que nos prejudica e desprezamos o que é valoroso, fundamental e bom. E incrivelmente, queremos ser felizes... como, assim!?
Este texto de George Carlin retrata fielmente o actual paradigma da nossa sociedade. Tem que mudar, sob pena de nos aniquilar.

Um abraço
Carlos Rebola


"QUASE ACREDITEI"
O próprio texto, de Sofia Morgado, pode ser por si só, uma boa terapia, para quem sente a sua "auto-estima" em baixo.
Obrigado Mariazita por ter partilhado connosco este texto.

Beijos
Carlos Rebola

Shiuu...
Bom fim-de-semana.
Impressionou-me positivamente o olhar sereno mas decidido, da criança, no lindo retrato. Transmitiu-me algo de bom.
Obrigado.

Beijos
Carlos Rebola

Teoria do gato pardo
A "teoria do gato pardo" é comprovada pelo método da realidade do dia a dia, também nesta crise criada pelos especuladores financeiros "é preciso mudar alguma coisa...para ficar tudo na mesma." pois na realidade, o que está a ser feito (injecção de milhares de milhões ou biliões) no sistema financeiro, tem como objectivo, salvar o mesmo sistema causador da crise, mantendo-o na mesma, ao invés de alterar o sistema para evitar futuras crise... o risco mantêm-se, porque tudo fica na mesma.

Um abraço
Carlos Rebola

O provérbio: - "Fala para que eu te conheça"

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A broa de milho da terra à nossa mesa

A broa de milho é confeccionada a partir da farinha de milho, planta da família Gramineae e da espécie Zea mays, originária da América (México) e por isso conhecida em Portugal a partir do princípio do século XVI.

A terra é lavrada e assim preparada para receber as sementes de milho a partir de Março aqui no Zambujal. Depois de lavrada nos sulcos ou regos deixados pela charrua os grãos de milho são lançados em pitadas espaçados a intervalos duma passada, depois são cobertos por uma grade ou enxada.

As sementes germinam e formam os milheirais que serão mondados, sachados e regados, quando as espigas se formam criam "barbas" (estigmas) parte dos órgãos femininos da planta que recebe o pólen produzido pelos estames na "carepa" parte superior da planta dando-se a polinização para a formação dos grãos, depois da polinização a parte superior do milho é cortada constituindo forragem para alimentar o gado. Depois de atingir a maturidade as searas de milho são cortadas por volta de Agosto Setembro.

Depois de cortado o milho é transportado para as eiras.

Nas eiras são feitas as desfolhadas ou "escamisa" para separar as espigas da palha e "folhelho" sendo esta parte da planta (palha) amarrada em pequenos molhos "caroças" e armazenadas em palheiros para alimentar o gado no Inverno, as espigas são colocadas na eira para secarem ao sol.

Depois de secas as espigas são "debulhadas" por máquinas debulhadoras ou com "malhos" para separar o grão do "carolo". O grão é espalhado na eira para que o sol o acabe de secar e depois é armazenado em arcas no celeiro.

O milho em grão é levado ao moinho onde é transformado em farinha, esta farinha depois é peneirada para uma "gamela", junta-se sal e o fermento (massa que se retirou da última "fornada" e se deixou fermentar e é escaldada com água quase a ferver e mexida com uma colher de pau ou uma "escudela"e deixa-se arrefecer um pouco.

Na gamela a farinha já escaldada é amassada juntando água até ficar numa massa com a qual se forma uma "bola" grande polvilhada com farinha. Esta massa é coberta com mantas para que mantenha a temperatura correcta para a fermentação. Enquanto a massa fermenta aquece-se o forno com lenha. Depois do forno quente e com o "lar" limpo a massa já fermentada (vê-se pelas rachas que a massa cria) é tendida com uma tigela em pequenas porções que são colocadas no forno (enfornadas) com uma pá de ferro, quando a broa já estiver cozida desenforna-se com uma pá de madeira.

E assim desde a terra chega fumegante, com um delicioso cheiro e sabor ás nossas mesas para ser degustada com os mais variados "condutos" (azeitonas, chouriço, sardinha, presunto, queijo,...) ou com uma sopa à lavrador, um bom prato de bacalhau ou mesmo sem mais nada a broa de milho que ainda se faz no Zambujal é uma delícia. A torta é uma broa espalmada (tipo bolacha grande) que muitas vezes é recheada com sardinha miúda (petinga) ou com torresmos e porque se coze mais depressa é a primeira a ser comida e quente.

A broa saciou e ainda continua a saciar muita gente com fartura de fome.

Bom apetite.

O provérbio: - "Deus dá o pão, mas não amassa a farinha"