segunda-feira, 30 de junho de 2008

A blogosfera incomoda, por isso censura-se como previsão anunciada

"Póvoa do Varzim: Decisão inédita de tribunal suspende blog.



O acesso ao blog "Póvoa Online"substituído pelo "póvoaoffline", «suspeito de prática de acto ilícito», foi suspenso na passada sexta-feira, por ordem judicial, que deu razão a autarcas da Póvoa do Varzim, num processo por difamação contra desconhecidos, noticia o Público desta segunda-feira."



Ler mais...



A mordaça e a lei da rolha aí está...

O blog "Póvoa Online" foi calado por ordem judicial, ao que parece não procuraram responsabilizar os autores calaram-nos, os termos que incomodavam poderiam ser passíveis de contraditório por serem polémicos e se para uns ofensivos podem ser elogiosos para outros, fascistas, corruptos, incompetentes parecem-me termos que cada vez mais estão sujeitos a lavagem e tratamento de cosmética para serem assim aceites como normais no nosso país ou silenciados, fará isto parte do incumprimento do "novo" acordo ortográfico, há palavras que é proibido usar?

Os ingleses tinham em cada praça das vilas e cidades o "Speak Corner" uma tribuna onde todos os cidadão podiam expressar-se livremente.

Nós temos a blogosfera, mas não tarda (ver comentário), que seja somente, para ser a "voz do dono" ou para piadas, anedotas, fotografias de flores e poesia romântica fados, o que valoriza e é uma mais valia na blogosfera mas a diversidade de opiniões é importante, senão voltamos à revista à potuguesa para se poder dizer, o que se sente da e das situações ...

Porque é que em Portugal, qundo alguém denuncia algo que está mal, a primeira coisa que é feita é investigar o denunciante, quando não é anónimo, e depois arquivar a denuncia por falta de credibilidade do denunciante, o facto denunciado raramente é investigado, mas se o PR falar no mesmo facto sem denunciar, basta abordar o mesmo facto, todos os meis disponíveis são postos ao dispor da investigação?

A questão é longa mas merece reflexão quanto mais não seja sobre a qualidade dos cidadãos deste país...

Ainda pode ver o blog "apagado" aqui.

É precoso exercer a cidadania, a democracia não se esgota nas eleições, tome a sério e reflita sobre isto, veja aqui e pense sobre...

O provérbio : - "Mais vale um tempestuosa liberdade, que uma tranquila escravidão"

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Caso inédito, na Câmara Municipal de Cantanhede os trabalhadores querem ser controlados. Um caso para a psicologia analizar? Ou ...?

Veja a notícia em:
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Boas práticas/Cantanhede:
Trabalhadores da autarquia defenderam relógio de ponto (C/ FOTOS)
2008-06-25 09:00:00
** Casimiro Simões (texto) Paulo Novais (fotos) **

"Cantanhede, 25 Jun (Lusa) - Na Câmara Municipal de Cantanhede, distinguida com um prémio nacional por melhoria da qualidade dos serviços, "foram os próprios trabalhadores" a defenderem a existência de relógio de ponto, segundo o presidente da autarquia."

Será que os trabalhadores se tornaram tão irresponsáveis no cumprimento de horários que reconheceram que só com um relógio de ponto poderiam cumprí-los?

Será que defendem o relógio de ponto para tramar os "imcumpridores"?

Se tal defesa foi conseguida por um trabalho de consciencialização da necessidade de controle, o método aplicado deveria ser aplicado nas classe que lutam contra tal controle, nomeadamente na classe médica.


O provérbio: - "A liberdade não consiste em fazer o que se quer, mas o que se deve "

domingo, 22 de junho de 2008

Pôr do Sol no Monte Grande

A Associação Cultural e Recreativa do Zambujal realizou hoje uma festa para as crianças.Esta festa terminou quando este magnifico Pôr-do-sol visto do Horst, (pequena elevação) onde fica o recinto desportivo, aconteceu e ficou registado nas fotos que desejo partilhar.








Mas se a Câmara Municipal de Cantanhede e a Junta de Freguesia de Cadima persistirem na postura de não querer resolver a questão da ocupação do baldio (artigo matricial da freguesia de Cadima n.º 18192), por um industrial da construção civil. Este baldio, com a área de 8420 metros quadrados, é contíguo ao recinto da Associação a Poente, daqui a alguns anos e se a proposta feita pela Junta de Freguesia de alteração do PDM (Cantanhede) para que esse espaço (baldio) na REN seja urbanizável, teremos em vez destes maravilhosos pôr do sol, prédios a tapar o horizonte onde acontece o mesmo. A Junta de freguesia parece ter medo dos tribunais, penso que nestes casos goza de patrocinio judicial. A CMC diz que este é um problema jurídico complicado, até dá a impressão que só sabem resolver problemas simples, com tanta massa cinzenta na câmara não entendo, tantos doutores e engenheiros e técnicos superiores, não se percebe, pois parece que só resolvem problemas com a solução previamente apensa.

Ver cronologia relacionada com a ocupação do baldio.

O provérbio: - "A boca do ambicioso só fica cheia com a terra da sepultura"

quarta-feira, 18 de junho de 2008

"Burgau" uma palavra, uma pedra, a história e o amanho da terra para vinha no Zambujal

"Burgau" é uma pedra de formas arredondadas côncavas e convexas que muitas vezes se assemelham a conchas de bivalves e caramujos (caracóis do mar). Têm tamanhos pequenos e pesam entre centos de gramas a vários quilos, aparecendo envoltas em areias grossas e barros.




Aqui no Zambujal encontram-se, superfialmente, nas terras de saibro e barro, numa zona denominada "Barrios" na toponímia, a nascente do Horst de Cantanhede e a cerca de uma centena de metros dos afloramentos do júrassico. Mais umas centenas de metros para nascente, já no lugar do Zambujal os burgaus encontram-se a vários metros de profundidade, indicando a presença de água (saibro, barro, areia e burgau) quando se abriam poços.




Antigamente as vinhas eram plantadas num terreno previamente surribado a pulso, com enxada rasa, enxada de pontas e por vezes picareta, pelo método de manta aberta (vala coberta com a terra superficial vinda da frente, sobrava no fim da surriba uma vala).

Nesta surriba em terra de barro saibrento surgiam estas pedras pequenas, os burgaus, que era apanhadas pelas mulheres e crianças e colocadas nas estremas e bermas dos caminhos, fazendo-se com elas muros.





Este post surge porque mandei um abraço de agradecimento ao amigo Arsénio Mota numa destas pedras. Falei-lhe então na "burgau" a pensar que era termo regional.

O meu abraço-"pedrada" suscitou uma interessante troca de e-mails entre nós e uma pesquisa do amigo Arsénio Mota. Habituado a lidar com palavras, a "burgau" despertou-lhe a curiosidade. Ora o assunto não deixa de ser curioso e de ter interesse.
Expliquei-lhe então:
Escrevo a palavra "burgau" como a ouço pronunciar pelos mais velhos do Zambujal; penso que é diferente do cascalho porquanto a "terra cascalheira" tinha umas pequenas pedras em lascas, "laminadas", quase marga. Enquanto a terra de "burgau" era mais saibrenta e tinha estas pedra soltas e com formas arredondadas e com concavidades em forma de concha muitas delas Daí eu pensar que este nome tinha origem francesa na palavra "burgau" (burrié), (caramujo), mas não sei se é assim, digo-o por especulação. Algumas pedras "burgau", de cor rosada ou cinzenta esverdeada, muito duras, que depois de lascadas chamavam pederneiras (duas delas em colisão provocavam faísca que os mais velhos, lembro-me do Ti Luíz Romeiro, usavam para acender o "isco", torcida de pano de camisola com cinza de vides, dentro dum canudo de cana para depois acenderem os cigarros de tabaco de onça em mortalha de papel ou folhelho de milho).
Amigo Arsénio. o "burgau" aqui no Zambujal encontra-se numa faixa de terreno com cerca de mil metros, a poente do "Horst de Cantanhede" e paralelo a este. Fascinam-me estas pedras a que também chamavam bens móveis porque eram jogadas para o terreno do vizinho num vaivém constante quando a estrema não admitia muro. Por isso digo que são pedras com história: antes de nós houve quem as pegasse e as olhasse com admiração ou desprezo, são bocados do trabalho do nosso povo que fez a nossa terra, numa "união fecunda de homens e terra.".
Amigo, vou pesquisar junto dos anciãos (sábios) do Zambujal. Esta pedra "ouviu" o mandador da equipa das surribas gritar: à "cova e manta", "aoo fuundo", "maiis uma", "à freente!..."É provável que o "Glossário de Termos Gandareses" de Idalécio Cação não tenha este termo "burgau" porque o Zambujal fica localizado entre o que se chama "Gândara"; o que se chama "Campo do Mondego" fica no Horst que divide as bacias hidrográficas do Vouga a Poente e Norte e a do Mondego a Nascente e Sul. Seremos Gandareses ou Camponeses? Já consultei alguns estudos (Fernanda Delgado Cravidão) sobre esta questão e não encontro certezas. Como pode uma simples "pedrada" levantar tais questões?!

Enfim, o Arsénio esgravatou no assunto e averiguou que o termo pertence de direito ao nosso Português vernáculo. Consta do Dicionário de Morais, 10ª edição (já antiga mas sempre estimada), da responsabilidade de João Pedro Machado, mas está também na edição corrente do Dicionário da Porto Editora. Registam eles:

«burgar» = cavar terras;«Burgau» 1 = pode significar molusco gasterópode, de concha univalve, que produz o mais belo nácar; conchas desses moluscos que se espalham pelas praias e se prendem nos costados dos navios.«Burgau» 2 = Pedra miúda de envolta com areia grossa; cascalho... etc.«Burgau» 3 = Pedaços de ferro cortados ao despontar ferradura de bestas durante o atarracamento, e aproveitados na confecção da ferragem de sucata.

Note-se a 2.ª entrada ("Pedra envolta em areia grossa"): está de acordo com a terra de saibro; "areia grossa com barro" também diziam os mais velhos que, quando faziam os poços e a determinada profundidade encontravam saibro e "burgau", havia água perto. "Burgar" = Cavar terras, também parece sentido relacionado.

Assim se acrescenta mais uma centelha de conhecimento e riqueza à nossa Bairrada e Gândara. É preciso voltar ao centro dos anéis da vida para vermos o que sempre esteve ali, mas escondido; é preciso afastarmo-nos para vermos esse bocadinho de chão escondido sob os nossos próprios pés.


E tudo isto fica a lembrar uma "pedrada" cordial!



Com um abraço aos amigos Rui Murta, Manuel Faim Monteiro, Manuel Tréculo e ao Arsénio Mota que nos ilucidaram sobre como "esgavatar a terra e as letras na descoberta da burgau".


Ao Arsénio Mota escritor da Bairrada e com ela na alma, a coloca com mestria literária, (as nossas terras, gentes e vivências) nos seus livros, os meus sinceros agradecimentos.


No fundo um bem haja ao povo da Bairrada e da Gândara que desde sempre souberam como amanhar a terra e as artes, para que esta produza bons alimentos e o bom vinho que os acompanha, à nossa mesa para deleite do corpo e do espírito.

O provérbio: - "Quando o povo diz, ou é ou está para ser."

sábado, 14 de junho de 2008

As autarquias ao serviço das populações e em sua defesa?

Da Câmara Municipal de Cantanhede

Taxa de "disponibilidade" que não existia.

Os Munícipes do Concelho de Cantanhede receberam a seguinte carta da INOVA (Empresa Municipal)

Caro Munícipe



Com a entrada em vigor da Lei n° 12/2008, de 26 de Fevereiro, a facturação dos serviços públicos essenciais passará, a partir de Junho (inclusive) a ter periodicidade mensal.
Com a aprovação da alteração aos Regulamentos de Abastecimento de Agua, Aguas Residuais Domésticas e Regulamento do Ambiente, passará a ser cobrada uma tarifa de disponibilidade pelos serviços prestados, indo assim ao encontro do preconizado pelo IRAR (Instituto Regulador de Águas e Resíduos), que defende a utilização desta tarifa como mais justa do ponto de vista económico e mais equitativa para os utentes. Defende este Instituto que o consumidor servido, mesmo na ausência de utilização do serviço, também onera a estrutura de custos do prestador do serviço. A entrada em vigor desta nova legislação, nomeadamente a periodicidade mensal da facturação, vai trazer alterações significativas ao nosso sistema de facturação e correspondente cobrança.
Esta Empresa Municipal irá, naturalmente, cumprir as disposições legais, nomeadamente na apresentação da factura no prazo de dez dias úteis antes da data fixada para pagamento.




Com os melhores cumprimentos
O Presidente do Conselho de Administração

(A. Patrocínio Alves)




diz nomeadamente no seu:

Artigo 8.º


Consumos mínimos e contadores


1 — (Anterior corpo do artigo.)




2 — É proibida a cobrança aos utentes de:


a) Qualquer importância a título de preço, aluguer, amortização ou inspecção periódica de contadores ou outros instrumentos de medição dos serviços utilizados;


b) Qualquer outra taxa de efeito equivalente à utilização das medidas referidas na alínea anterior, independentemente da designação utilizada;


c) Qualquer taxa que não tenha uma correspondência directa com um encargo em que a entidade prestadora do serviço efectivamente incorra, com excepção dacontribuição para o audiovisual;


d) Qualquer outra taxa não subsumível às alíneas anteriores que seja contrapartida de alteração das condições de prestação do serviço ou dos equipamentos utilizados para esse fim, excepto quando expressamente solicitada pelo consumidor.




3 — Não constituem consumos mínimos, para efeitos do presente artigo, as taxas e tarifas devidas pela construção, conservação e manutenção dos sistemas públicos de água, de saneamento e resíduos sólidos, nos termos do regime legal aplicável.

As perguntas que se impõem:



- Se é abolida a taxa de aluguer dos contadores, da água, em benefício do consumidor, será justo que a autarquia crie imediatamente outra taxa para anular este benefício ao consumidor (Munícipe)?


- É justo que o munícipe pague um serviço que não lhe é prestado (como o tratamento de águas residuais “saneamento básico” que por exemplo no Zambujal não passa duma promessa materializada e enterrada em tubos desligados de qualquer rede?



- Será correcto o munícipe pagar uma taxa de disponibilidade da autarquia para tratamento de resíduos que ela própria produz como a deposição de alcatrão de pavimento na REN aqui nos baldios do Zambujal com a destruição de património cultural e cientifico em que a própria INOVA (Empresa Municipal) foi incumbida de retirar e ainda o não fez?




- Que razões tem a lei que a nossa própria razão desconhece?

No entanto na carta há, uma intenção que parece ser boa, a correcção da seguinte injustiça, que fora implementada há vários anos, a leitura do consumo de água no mínimo bimensal, consumos cumulativos, o que resultava para muitos consumidores em aumentos significativos de custos de consumo de água, uma vez que ultrapassavam escalões de consumos sempre mais caros, o que não aconteceria se as leituras fossem mensais como agora têm intenção de fazer, se esta medida é boa não deve servir para justificar o que é mau para o consumidor com estas alterações, que só vêm agravar o muito que o consumidor já paga por este serviço público.


Da Junta de Freguesia de Cadima

O Zambujal e a Freguesia de Cadima elegeram (deram voto de confiança) para a Junta de Freguesia a três dos habitantes da aldeia, dois para a Assembleia de Junta e um para o Executivo. No entanto a aldeia parece abandonada por este órgão do poder local:
Não tem gerido nem defendido os baldios do Zambujal (quando não existem assembleia de compartes como é o caso do Zambujal) como está estipulado por lei (artigo 34º 6 – m do Decreto-lei 169/99 de 18 de Setembro) 6 - Compete ainda à junta de freguesia: m) Proceder à administração ou à utilização de baldios sempre que não existam assembleias de compartes, nos termos da lei dos baldios.

Na aldeia do Zambujal é notório o que parece ser desleixo da autarquia



Passeios que não são cuidados



Jardim iniciado no ano passado e abandonado sem que fosse acabado (Jardim do Poço)

Pavimento (alcatroado?) do estacionamento do cemitério a ser destruído com grama "alcarnacho" o que parece denotar má pavimentação por escassez de material e má compactação do solo.


Além da solicitação da construção de passeios entre a travessa Manuel Valdágua e a rua do Outeiro, limpeza e manutenção das fontes, manutenção da drenagem das águas pluviais nas ruas, delapidação dos terrenos comunais "baldios", sem qualquer consequência prática, etc.
Se por menores que sejam os problemas, os não denunciaramos, quando eles se acumularem e se tornarem grandes males que a todos afectam, poderemos já ter perdido a capacidade de denuncia e de reclamação.


O provérbio:- "Quem confia, zelos não cria."

domingo, 8 de junho de 2008

Depois da era espacial os "Pápaluas" regressam ao mar


“Construção Naval” no Zambujal – Cantanhede


As gentes do Zambujal “os pápaluas” foram precursores da "exploração espacial", segundo a “lenda”
Ilustração da lenda dos pápaluas
Hoje o Mestre Rui Paulo e a sua equipa entregaram, ( 4 de Junho de 2008) um barco da “arte de Xávega” (barco de pesca de arrasto com extremidades alongadas e curvas), à CMC para substituir um outro que se encontrava exposto na Praia da Tocha e que se deteriorou com o tempo, assim com esta réplica (funcional) o Zambujal entra com o pé direito na “industria da construção naval”.
O mestre Rui Paulo, timoneiro da construção



Depois do espaço, alcançar a lua com cestos de vime, estamos a voltar às origens das grandes explorações pelos quatro cantos do mundo, pelo mar.



Este passo tem tanto mais significado quando nos dias de hoje se verifica uma grande necessidade de exploração dos recursos da nossa terra e mar, o espaço foi abandonado pelos “pápaluas” porque não lhes resolveu o problema daquele “histórico” dia, o problema era de sobrevivência, era Fome, por isso talvez a “arte xávega” pesca artesanal seja uma solução sustentável para evitar esta calamidade do passado, que era a fome. Por isso a industria da construção naval, de pequenas embarcações para a pesca artesanal aliada à lavoura que produz o acompanhamento do pescado, resulte numa grande melhoria da qualidade de vida das nossas populações exercício físico produtivo (contra a obesidade) e uma alimentação variada e equilibrada com “sabores de terra e de mar”.

Os irmãos Murta, Vítor e Rui Paulo estão de parabéns assim como toda a equipa de profissionais que lideram, na sua fábrica de produtos de carpintaria "Móveis e Carpintaria Murta, Lda" sediada no Zambujal.

O Rui Paulo é um autêntico Mestre e “engenheiro” do saber fazer “artesão” altamente qualificado, pela apreciação e elogios aos seus bons trabalhos produzidos.


Fotos de Miguel Murta
No “estaleiro” em construção




A equipa orgulhosa da sua obra


Aqui (junto da relva numa rotunda da Praia da Tocha) deve acabar os seus dias sem nunca ter ido ao mar.
Na Praia da Tocha ainda se pratica a "arte xávega" pesca artesanal de arrasto.



O provérbio: - "Não se aceitam críticas de quem sabe mais, mas sim de quem tenha feito melhor."

sábado, 7 de junho de 2008

A propósito de Vladimir Maiakovski


Vladimir Maiakovski
Poeta russo suicidou-se ou foi "suicidado" com um tiro na cabeça em 1930, escreveu, assim no início do século XX :



Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.





Depois de Maiakovski… Escreveu Bertold Brecht


Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.


Bertold Brecht (1898-1956)

Depois ecreveu Martin Niemoller, assim:

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...

Martin Niemöller, 1933


E recentemente escreveu assim Cláudio Humberto:

Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho...


Cláudio Humberto, em 09 FEV 2007





Nos nossos dias e lugares


Sócrates, logo no dia da posse atacou os farmacêuticos.
Eu não disse nada porque não sou farmacêutico
A seguir atacou os magistrados, também nada disse porque não sou magistrado.
Depois foi aos médicos e enfermeiros. Também nada disso é comigo, não sou médico nem enfermeiro.
A seguir congelou as carreiras dos funcionários públicos, quero lá saber eu nem sou manga de alpaca.
Maltratou os polícias, os militares, os professores... os padres também não escaparam.
Aumentou os impostos.
Aumentou a idade da reforma, a insegurança nas ruas, nas escolas e até nas nossas casas.

Há mas criou “as novas oportunidades” “o divórcio” a insegurança, o crime, a violência, os “canudos” de férias e Domingos.

Hoje bateu à minha porta com a Lei da mobilidade e atirou-me para o desemprego. Já gritei e ninguém me ouve, até parece que a coisa só me afecta a mim.


O que os outros disseram, foi depois de ler Maiakovski.


Incrível é que, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes, e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio: porque a palavra, há muito se tornou inútil…

- Até quando?... Cuidado... Está a chegar a nossa vez... Será que ainda teremos liberdade para gritar?... Até blogosfera, porque incomoda, já está na mira... estejam atentos.


Denunciar é preciso...
(recbido por E-mail)




"Não é difícil morrer nesta vida: / Viver é muito mais difícil " Maiakovski




O provérbio: - "Calar é a sabedoria dos tolos."

segunda-feira, 2 de junho de 2008

ROTUNDAS JARDINS

IMI, impostos, água, manutenção, custos presentes e futuros. Atenção às SOLUÇÕES ALTERNATIVAS Câmara Municipal de Cantanhede!!!








Autênticos buracos em campos de golfe nos quais ninguém pode jogar, mas onde se jogam recursos que seria licito serem do conhecimento de quem os custeia com os seus impostos incluindo o IMI, contas claras como fazia o meu avô na sua mercearia, levas um kg de açúcar pagas, 4$50, é quanto custa, assim sem falácias, terra a terra, neste caso rotunda a rotunda.






Um jardim em cada rotunda, custa nestes moldes, XXXX €, aos contribuintes, porque o escudo já acabou...

Sabem quantas "rotundas jardim" temos no concelho de Cantanhede?



Já observaram o que se passa nessas rotundas?
Sabem qual é a área de cada rotunda, o buraco do meio onde não andam carros?


Será essa área entre 500 e 1256 metros quadrados dependendo do diametro da mesma.
Será que está correcto manter este estado de coisas nas rotundas, autênticos jardins de estufa?
Não lhe parece um absurdo, que a ser explicável ninguém acredita na explicação?



Queremos beleza nas vias de circulação mas a custos mínimos e possíveis.

Há arranjos paisagisticos que unicamente precisam ser delimitados.

Vejamos

Esta é uma rotunda na Circular "Miguel Torga" em Cantanhede




O escritor poeta, Adolfo Correia de Oliveira, escolheu como psedónimo Miguel Torga, "Torga" (urze) planta rústica e resistente ás agruras do clima das serranias. No entanto escolheram relva e uma planta desconhecida, entre nós, importada (talvez dos países nórdicos) e amores-perfeitos que não se aguentam quinze dias em condições dignas, exigindo uma substituição frequente.



A dureza, rusticidade e beleza rude da pedra está bem.








Mas junto da rotunda vejam o que acontece naturalmente.Nos pinhais onde se encontra a rotunda temos isto, urze, rosmaninho e belíssimas plantas que sem necessidade de água (cada vez mais cara) estão mais lindas que a rotunda que nos "come os olhos da cara".



















Poderiam substituir com muitas vantagens, incluindo as culturais, a relva e os amores-perfeitos, que decerto serão fruto de apaixonados contratos de parecerias com a CMC ou INOVA o que é o mesmo para que se saiba, (vejam quem lá funciona e como).
Como se podem reduzir os custos mantendo um bom e integrado arranjo paisagistico nestes espaços rodoviários?



As respostas e as propostas.







Atenção Senhor presidente e executivo do município de Cantanhede, jardins em rotundas, eventos culturais todos os dias, sim, mas depois de satisfeitas outras e mais prioritárias necessidades dos seus munícipes. Veja o Zambujal, os terrenos comunais que devem ser postos ao serviço da população, o saneamento básico que não passa de uma promessa há quatro anos de tubos enterrados há quatro anos e que sujou, poluiu uma grande área da nossa Reserva Ecológica Nacional que ainda está por limpar. As necessidades espirituais como a contemplação do belo (flores "amores perfeitos") serão sentidas quando as outras estiverem satisfeitas, veja a pirâmide de Masllow. Parece-me que esta situação não é restrita ao Zambujal, mas se o for é urgente acabar com assimetrias no Concelho de Cantanhede, se o não for é necessário um desenvolvimento harmonioso em todo o concelho, pensem no nosso património, depois pensem nas "rotundas jardins de relva e amores perfeitos".








Isto é piroso e muito caro




(Até parece que os automobilistas com toda a família no carro, estacionam na rotunda "descarregam" e vão visitar o jardim que lhes é oferecido com plantas tão belas e aromáticas!!!)




Um dia Mao Tsé tung pensou na revolução cultural, flores em vez de trigo e arroz, pôs na desgraça e fome o seu povo. Há lições com as quais podemos aprender. Podemos ser pequenos comparados com os chineses mas também somos gente... Excesso de "cultura" por vezes "acultuada", pode asfixiar aqueles que não entendem ou não podem aceder a essa "cultura" apesar da cultura estar ali para ser usufruida (a cultura também se usufrui) batatas também.

Por favor não façam o "milagre" de transformar o "pão" em amores-perfeitos e rosas em Janeiro nas rotundas, esse "milagre" sai muito caro a quem precisa desse "pão" para sobreviver e a própria CMC diz que são muitos, pelos números dos que recorrem à "Colmeia" e outras instituições caritativas. Que voltaram a estar na moda como o "chá e canasta" de outros tempos mas com as mesmas intenções caridadezinha. "ensinar a pescar não..." depois quem nos faz homenagem por termos dado o peixe que também nos deram, para podermos fazer caridade?!! Aliás "um dos caminhos da Salvação eterna" se não houvesse pobreza como poderia-mos fazer este glorioso e "doloroso" caminho da caridade, rotundas incluidas no processo?!


A modesta proposta:

- Que cada rotunda tenha a decorá-la a flora e materiais encontrados na zona da mesma.




(borragem)

- Se há olival que a rotunda tenha oliveiras e por base rosmaninho, borragem, papoilas, etc.

- Se há pinhal... pinheiro, urze, rosmaninho...

- Sobreiros... Carvalhos, esteva, giesta...

Para cobertura do solo utilizem, rosmaninho, urze, esteva.

Depois deixem à natureza o seu ritmo natural e as plantas darão flores coloridas no seu tempo e graciosamente.




Deixem-se de tentar fazer milagres que custam caro a todos e quase ninguém nota, nas rotundas todos tem pressa de sair.

A água aqui gasta só pode vir de dois aquíferos o "Cársico da Bairrada" (Olhos da Fervença "exsurgência principal") e aquífero de Ançã - Cantanhede (Fonte de Ançã "exsurgência principal"







Os aquíferos são "depósitos subterrâneos" de água que são alimentados pelas chuvas, nada nos diz que amanhã as chuvas escasseiem e a taxa de consumo da água dos aquíferos poderá ser superior à taxa de reposição da água dos mesmos, daí a importância do não desperdício, já vi rotundas a serem regadas no Inverno sob chuva intensa.



Eis uma lista de algumas plantas xerófilas, da nossa região:





Urze vassoureira (centro da rotunda)"Erica arborea L."




Urze vermelha (cobertura do solo) "Erica cinerea"




Giesta (centro da rotunda) "Cytisus striatus"




Rosmaninho (cobertura do solo) "Lavandula pedunculata"




Gilbardeira (centro da rotunda) "Ruscus aculeatus L."




Tojo (centro da rotunda) "Ulex parviflorus"




Escarrapiteiro ou Pirliteiro (centro da Rotunda) "Crataegus monogyna"




Murta (centro da rotunda) "Myrtus communis L."




Esteva (cobertura do solo)"Cistus ladanifer"




Madre silva (centro da rotunda) "Lonicera implexa Aiton"





Abrótea "Asphodelus sp."




Milefólio (erva tágena) "Achillea milefolium"





Hipericão "Hypericum perforatum (L.) "





Açucena "Lillium longiflorum"




Papoila "Papaver Rhoeas"




Alcachofra "Cynara cardunculus subsp. scolymus"


E tantas outras, o que é preciso é sair do luxuoso gabinete e ir ao terreno, quando por exemplo, se abre uma estrada que se faça recolha, pois é lá que estão as plantas da nossa região e não no catálogo do Garden Center aí estão "amor-perfeitos, túlipas e gardénias Holandesas" e sementes de relva para campos de golfe cheios de buracos, charcos, bandeirinhas e birds, coisas que todos sentem e poucos entendem porque nada lhes dizem.

Mas se quiserem e seria aceitável dêem nomes às rotundas, como por exemplo a rotunda da giesta, do sobreiro, da esteva, do rosmaninho, seria aceitável, chic e pedagógico se o nome correspondesse à planta predominante ou em destaque na referida rotunda.

Nas rotundas usem plantas xerófilas e autóctones (urze, giesta, murta, "borragem", papoila, rosmaninho, alecrim do monte, etc.) e poupem a água porque amanhã fará falta, mesmo que a retirem de furos o mesmo é dizer das reservas que se encontram nos aquíferos (Cársico da Bairrada e Ançã - Cantanhede). A água será o "petróleo" do futuro.

Ou fazendo o contraste, mas deixem-se de relva e flores de estufa e também esses desenhos pirosos com pedrinhas de várias cores e cascas de árvores. Algumas com calçada como se andasse por ali alguém em passeio contemplativo.

Canalizem esses recursos humanos e materiais (utilizados na manutenção dos jardins "Versalhes" das rotundas) para onde são realmente necessários, para o meio urbano onde existem pessoas que não estão de passagem salvo as devidas excepções.




Com o "Ouro do Brasil" é fácil fazer flores.

Se quiserem decorar uma rotunda em meio urbano com plantas mais exóticas usem xerófilas como estas, Yucca e Penacho ou Erva das Pampas, flores do meio-dia " Gazania rigens" já utilizada, que resistem e são bonitas também.







A manutenção de cada rotunda assim gerida (como um autêntico jardim) deve ter custos que deveriamos conhecer, nós munícipes, contribuintes, pagadores de IMI e taxas várias de "disponibilidades"... Os contibuintes munícipes merecem mais, até porque são eles o garante da vossa boa situação, enquanto funcionários e autarcas do nosso Munícipio .


Então cumpram as vossas funções como esperamos que façam, foi assim que se expectou, ao lhes dar a nossa confiança com o voto que tanto choramingaram.






Chamam-lhes arranjos paisagisticos, em Brasília chama-lhes "balões e estão desenhadas no pavimento, e cumpre-se o seu objectivo, fazer circular o trânsito...


Basta umas marcas "marcos" e teremos algo duradoiro e não destruído com o "beneplácido" da CMC.




O provérbio: - "O dia de amanhã não nos obedece."